A criação do Teatro Paulista do Estudante (TPE), sua inserção e fusão com o Grupo Arena da cidade de São Paulo: conflitos e contradições

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Murrer, André Dutra [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153355
Resumo: O Teatro Paulista do Estudante foi um grupo amador criado em 1955, por jovens militantes do Partido Comunista. Tinham como principal objetivo divulgar o teatro entre os estudantes secundaristas e universitários e atrair novos integrantes para as fileiras do Partido. Entre seus mais representativos fundadores estavam Vera Gertel, Oduvaldo Vianna Filho e Gianfrancesco Guarnieri. O Grupo acreditava que poderia fazer um teatro que se popularizasse e chegasse às massas de trabalhadores e estudantes, articulando o fazer teatral com a função política e social. Em 1956, menos de um ano após sua fundação, o TPE se une ao Grupo Arena da Cidade de São Paulo, e os jovens amadores se tornam profissionais de teatro. Em 1958, o Grupo estreia o espetáculo Eles Não Usam Black-Tie, escrita por Guarnieri. Os remanescentes do TPE, em conjunto com o Teatro de Arena, conseguem, com esta peça, colocar em prática o que almejavam desde o início de suas atividades: incentivar o autor nacional e colocar em cena obras que refletissem sobre a realidade brasileira e colocassem a classe operária como protagonista. A apresentação de Eles Não Usam Black-Tie foi o prenúncio da forma teatral que lhes interessava desenvolver e a motivação que faltava para que o Teatro de Arena estabelecesse um processo de construção de uma nova dramaturgia, a partir de discussões políticas, históricas e estéticas. A este processo se deu o nome de Seminários de Dramaturgia do Arena.