Diagnóstico molecular de arboviroses brasileiras em soros de pacientes com doença febril aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Terzian, Ana Carolina Bernardes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94848
Resumo: As arboviroses freqüentemente são associadas com surtos nos seres humanos e representam um sério problema de saúde pública, com impactos econômico e social. Entre os arbovírus brasileiros, os vírus Mayaro (MAYV), Dengue (DENV), Febre Amarela (Yellow Fever – YFV), Rocio (ROCV) e Oropouche (OROV) são responsáveis por mais de 95% dos casos de arboviroses humanas no Brasil, causando muitas vezes a mesma sintomatologia clínica, especialmente na fase aguda das infecções. Este estudo teve como objetivo analisar a presença de arbovírus em soros de pacientes com doença febril aguda, durante epidemia de Dengue no município de São José do Rio Preto (SP), bem como de pacientes com doença febril aguda, negativos para Malária e arbovírus do município de Acrelândia (AC). Foi utilizada a técnica de RT-Nested-PCR para a detecção e identificação dos principais arbovírus brasileiros pertencentes aos gêneros Flavivirus, Alphavirus e Orthobunyavirus. Na análise molecular das amostras de São José do Rio Preto, 320 (98%) foram positivas para DENV-3, 3 (1%) para DENV-2, 6 (2%) para o SLEV. Uma destas amostras apresentou co-infecção por DENV-2 e DENV-3 e três amostras apresentaram co-infecção por DENV-3 e SLEV. A alta positividade para o DENV-3 está relacionada com a introdução deste sorotipo no município. Em amostras de Acrelândia, 5 positivas para DENV-3, 1 para MAYV e 2 positivas para OROV. A análise filogenética do gene do envelope mostrou que a amostra isolada de SLEV agrupou-se próxima às estirpes de Belém, que pertencem ao genótipo V. A amostra de OROV agrupou-se ao genótipo I, sendo este o mais distribuído na região Amazônica. Estes dados indicam a circulação de diferentes arbovírus em duas regiões distintas do Brasil e demonstram a necessidade de um sistema de vigilância eficiente para controlar a disseminação destes na população.