Investigação de Babesia, Hepatozoon e Ehrlichia em gambás (Didelphis sp.) de vida livre do Estado de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ribeiro, Stephany Rocha [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257993
Resumo: Como resultado da crescente urbanização há um impacto negativo na fauna e na flora, resultando em desequilíbrios ecológicos que podem desencadear na transmissão de zoonoses. O presente estudo teve como objetivo investigar a presença de hemoparasitas em sangue de gambás de vida livre resgatados, além de avaliar o hemograma desses animais. Ao total, 115 amostras sanguíneas de gambás (Didelphis albiventris e Didelphis aurita) oriundos do Parque Zoológico Municipal "Quinzinho de Barros", em Sorocaba, Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres - CeMaCAS, em São Paulo e da Vigilância Ambiental em Saúde, de Botucatu foram analisadas investigando-se a presença de protozoários do gênero Babesia e Hepatozoon e bactérias do gênero Ehrlichia. A partir do material coletado foram realizados hemogramas afim de analisar os valores dos parâmetros hematológicos das duas espécies de hospedeiros, confecção de esfregaços sanguíneos para a procura dos patógenos empregando microscopia óptica, além da utilização de análises moleculares para pesquisa de fragmentos de DNA de Babesia spp., Hepatozoon spp. e Ehrlichia spp. utilizando-se pares de primers específicos para cada patógeno. Nenhuma das lâminas de esfregaço sanguíneo foi positiva para os protozoários pesquisados, porém em uma lâmina foi detectada a presença de mórulas sugestivas de Erhlichia spp. e a amostra era oriunda de D. albiventris do município de Sorocaba-SP. Como resultado da análise molecular, cinco (4,34%) amostras foram positivas para Babesia spp. e duas (1,73%) foram positivas para Ehrlichia spp., todas provenientes do município de Botucatu-SP. Nenhuma amostra foi positiva para protozoários do gênero Hepatozoon spp. Empregando ferramentas de bioinformática foi possível confirmar a positividade de Babesia sp. e Ehrlichia sp. Esses resultados ressaltam a importância de novos estudos para melhor compreensão da ocorrência e distribuição de diversos patógenos em populações de animais silvestres.