Investigação de Borrelia spp. e alterações hematológicas associadas em Gambás (Didelphis aurita e Didelphis albiventris) de vida livre no Estado do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/24035 https://dx.doi.org/10.22409/MPV-CV.2021.m. 14587759767 |
Resumo: | A Síndrome Baggio-Yoshinari (SBY) ou Borreliose brasileira é uma zooonose causada por um grande número de espécies do complexo Borrelia burgdorferi sensu lato. No Brasil, há relatos de soropositividade em seres humanos, animais domésticos e silvestres. Marsupiais do gênero Didelphis (Linnaeus, 1758) são mamíferos com ampla distribuição nas Américas que apresentam hábito peridomiciliar, o que aumenta o risco de introdução e dispersão de agentes patogênicos. Diante disso, o objetivo do estudo foi investigar ocorrência de Borrelia spp. em Didelphis aurita e D. albiventris de vida livre, que habitavam o bioma Mata Atlântica do Rio de Janeiro, e correlacionar os achados hematológicos com a infecção. Foram analisadas 60 amostras sanguíneas de gambás das espécies D. aurita e D. albiventris, independente de sexo, idade e estado clínico, resgatados pelo CRAS – UNESA e atendidos na Universidade de Vassouras. A análise hematológica foi realizada por método manual e a análise molecular por nested-PCR, utilizando primers específicos. Das 60 amostras analisadas, 23,33% (14/60) foram positivas para Borrelia spp. Das sequências de DNA obtidas nesse estudo, 85,71% (12/14), apresentaram alta similaridade (94-99%) com as sequências de Borrelia burgodoferi (8/12 – 66,67%) e Borrelia sp. (4/12 – 33,33%) disponíveis no GenBank. Não houve diferença significativa nos parâmetros hematológicos entre animais positivos e negativos e não foi encontrado espiroquetas nos esfregaços sanguíneos avaliados. Conclui-se que marsupiais podem participar da epidemiologia da doença de Lyme no Brasil e a detecção de Borrelia spp. em D. aurita e D. albiventri confirma que a bactéria habita a Mata Atlântica do Estado do Rio de Janeiro, indicando a manutenção de um ciclo silvestre desse patógeno. Ainda, a ausência de alterações clínicas e hematológicas entre animais positivos, sugere a atuação desse marsupial como reservatório de Borrelia spp. |