Estudo da resposta imune, colonização e invasão de aves (Gallus gallus domesticus) por estirpes de Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium contendo deleções nos genes clpp e flid

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Barbosa, Fernanda de Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192151
Resumo: Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium causam infecções em seres humanos e animais que são frequentemente associadas à extensa colonização intestinal e excreção fecal. A presença de estrutura flagelar no patógeno está relacionada à indução de inflamação intestinal e atenuação de infecção sistêmica no hospedeiro. Por outro lado, a infecção por estirpes aflageladas resulta em pouca inflamação e consequente infecção sistêmica grave. No presente estudo, foi avaliada a hipótese de que a síntese de maior quantidade de flagelina em estirpes de Salmonella geneticamente modificadas poderia levar a infecção sistêmica menos intensa em aves. Para investigar as conseqüências da superprodução de flagelina, foram construídas estirpes de Salmonella Enteritidis e Typhimurium contendo deleções nos genes clpP e fliD (que levam à superexpressão de flagelina) e patogenicidade e imunogenicidade foram comparadas com as respectivas estirpes selvagens em aves infectadas. Os resultados indicaram que o aumento da síntese de flagelina por SE ΔclpPΔfliD e STM ΔclpPΔfliD culmina em déficit da taxa de multiplicação bacteriana. Porém, tais alterações não interferiram na capacidade de colonização cecal e excreção fecal das estirpes mutantes. O mesmo foi observado em fígado e baço, mas após 14 dpi as estirpes mutantes tendem a serem eliminadas destes órgãos. Mesmo com síntese mais elevada de flagelina, as estirpes mutantes recrutaram quantidades semelhantes de linfócitos e macrófagos em tonsila cecal, baço e fígado que as estirpes selvagens. Infecções por STM ΔclpPΔfliD produziram sinais clínicos mais brandos em comparação à STM, e alta produção de IL22 em 7 dpi. Enquanto que SE ΔclpPΔfliD desencadeou sinais clínicos semelhantes aos induzidos por SE, porém, com níveis mais elevados de IL22 e IL18, porém com repressçao de CCl4, CXCLi2 e IL17 em no intestino no início da infecção. Ao que tudo indica a maior produção de flagelina por ambas as estirpes mutantes alteraram a patogenicidade, possivelmente por alterarem a ativação e modulação do sistema imune da ave.