Da transformação ao gerencialismo: as metamorfoses da concepção de participação popular no Partido dos Trabalhadores (1988-2004)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Barassa Neto, Júlio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/88799
Resumo: O fim do regime militar e a ascensão de novas forças sociais na sociedade brasileira possibilitaram o desenvolvimento de uma concepção de participação popular que indicava a necessidade de organização das “massas exploradas” através dos conselhos populares, órgãos de participação direta onde os trabalhadores poderiam tomar as decisões sobre a sociedade. No entanto, constata-se que as transformações engendradas pela nova correlação de forças nacionais e internacionais, no decorrer dos anos 1990, apontam um panorama defensivo para os setores que postulavam as teses da participação e organização popular. A ofensiva política e ideológica do neoliberalismo, associada às transformações programáticas de partidos de esquerda como o PT, ensejam a criação de novas “práticas participativas”. Estas novas práticas são apropriadas e redefinidas por segmentos conservadores, além de estimuladas pelos agentes do capital financeiro internacional; e passam a ter um caráter mais gerencialista do que transformador. Neste sentido, este estudo tem por objetivo a análise das metamorfoses que constituem a noção de participação popular e seu desenvolvimento no Partido dos Trabalhadores, suas continuidades e rupturas, bem como suas interconexões com as mudanças programáticas do partido