Avaliação da interface adesiva em dentina sadia e afetada por cárie sob pressão pulpar simulada e após desafio em solventes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Tânia Mara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153261
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência de união (RU) e características da interface adesiva em dentina sadia e afetada por cárie, na presença de pressão pulpar simulada e após desafio em solventes. Setenta e dois molares humanos hígidos (SD) e outros trinta e seis molares humanos cariados (NCAD) foram seccionados para obtenção de 2 mm de espessura de dentina, a partir do corno pulpar mais alto. Dentre as amostras sadias, trinta e seis foram submetidas à formação artificial de dentina afetada por cárie pelo processo de ciclagem de pH (ACAD). Previamente ao procedimento restaurador, a análise química da superfície oclusal de cinco amostras de cada dentina foi avaliada em espectroscopia de infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) e microdureza de superfície (KHN). Todas as amostras foram tratadas, sob pressão pulpar simulada (20 cm H20), sequencialmente com: ácido fosfórico 37%, sistema adesivo (Scotchbond Universal, 3M/ESPE), fotopolimerização (10 s), confecção de um bloco de resina composta (Filtek Z350 XT; 3M/ESPE) e fotopolimerização (20 s). Após 48 h, palitos retangulares de resina-dentina (1mm2) foram obtidos e aleatoriamente divididos em grupos, de acordo com o tempo de envelhecimento (24 h e 30 dias) e solventes: água deionizada (A), etanol a 99% (E) e metiletilcetona (MEK). As amostras foram submetidas aos testes de resistência adesiva à microtração (0,5 mm/min; 10 kgf), e a interface adesiva avaliada em microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os sistemas adesivos foram avaliados frente ao desafio dos solventes, por análise da resistência flexural (RF), módulo de elasticidade (ME), sorção (SO) e solubilidade (SL). Os resultados de RU foram submetidos aos testes ANOVA de medidas repetidas sob 3-fatores (dentina, solvente e tempo de armazenamento), seguido do teste de múltiplas comparações de Tukey (p<0,05). FTIR: diferenças químicas foram observadas entre os substratos, pela perda do conteúdo mineral na NCAD (maior) e ACAD (intermediário) em relação à SD. KHN: NCAD mostrou as menores médias, diferindo significantemente da SD. RU: dentina, tempos, interação dentina-tempo e interação dentina-tempo-solvente mostraram efeitos estatisticamente significantes: SD apresentou diferenças significativas quando armazenada 24 h em A; diferenças significantes foram observadas no grupo NCAD para o solvente E após 30 dias. MEV: as características da interface adesiva diferiram entre os substratos e solventes: A degradou a interface entre dentina e camada de sistema adesivo; E e MEK entre camada de adesivo e resina composta. RF/ME: solvente e tempo foram estatisticamente significantes, com as menores médias para E. SO/SL: A apresentou as menores médias, diferindo significantemente dos demais solventes. Pode-se concluir que o tipo de dentina, o solvente e o tempo de armazenamento interferiram negativamente nos valores de RU, com as menores médias para: NCAD, E em 30 dias; e, as propriedades físico-mecânicas do sistema adesivo foram diretamente afetadas pelo E.