Efeito do litospermosídeo em camundongos diabéticos do tipo 1 induzidos por estreptozotocina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Delgado, Aislan Quintiliano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181710
Resumo: O termo Diabetes mellitus (DM) descreve uma desordem metabólica, caracterizada por hiperglicemia crônica, resultante da falta de produção de insulina e/ou de resistência à ação do mesmo. Atualmente, muitos medicamentos são utilizados para tratar diabetes, incluindo insulina exógena e drogas alopáticas como biguanidas, sulfonilureias e inibidores de alfa-glicosidases. Entretanto, possuem muitos efeitos adversos que diminuem a qualidade de vida do paciente e a resposta por uso prolongado. Somado ao fato de que a incidência do DM vem se elevando de modo alarmante, os estudos com plantas que possuam efeitos antidiabéticos vêm despertando o interesse por parte dos pesquisadores. Estudos anteriores do nosso grupo de pesquisa sobre o efeito hipoglicemiante do extrato de folhas de Bauhinia holophylla nos permitiu identificar e isolar a molécula responsável pelo efeito hipoglicemiante. Tal molécula é denominada litospermosídeo, um cianoglicosídeo não- cianogênico. Assim, o presente estudo teve como objetivo realizar a caracterização geral do efeito do litospermosídeo no quadro diabético de camundongos diabéticos induzidos por estreptozotocina e tratados por 14 dias nas doses 1, 5, 10 e 20mg/Kg, na busca de uma alternativa para o tratamento do diabetes. Foram utilizados camundongos machos Swiss, que foram separados em 1 grupo normoglicêmico e 5 grupos diabéticos. A glicemia de jejum mensurada nos dias 7 e 14, e a ingestão hídrica e alimentar e o peso corpóreo foram medidos diariamente. No 14º dia, foram analisadas a sensibilidade à insulina e a tolerância à glicose. Após os 14 dias, os animais foram eutanasiados e tiveram órgãos pesados; foram retirados fragmentos de músculo e fígado para a mensuração de glicogênio hepático e muscular, do fígado para analise proteômica, e sangue foi coletado para análise dos parâmetros bioquímicos. Os resultados foram expressos como média ± erro padrão da média. Para comparação entre múltiplos resultados paramétricos foi utilizado ANOVA de dois caminhos seguido do pós teste de Tukey. O nível de significância adotado foi p<0,05. O tratamento com o litospermosídeo durante quatorze dias não se mostrou tóxico aos animais e diminuiu a glicemia em jejum já no 7º dia de tratamento. Também aumentou a sensibilidade à insulina e maior tolerância à glicose. Impediu também a proteólise muscular e consequentemente a perda de massa muscular, assim como reduziu a perda de peso corpóreo. Houve a diminuição do colesterol total e os triglicerídeos, aumento do colesterol HDL e a albumina sérica, além de aumentar o armazenamento de glicogênio hepático. Através das analises proteômica pode-se perceber que o litospermosídeo foi capaz de amenizar as anomalias no metabolismo lipídico e energético causados pelo diabetes. O litospermosídeo foi capaz de melhorar o quadro diabético em camundongos induzidos por estreptozotocina