Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Lariane Teodoro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/194375
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Resumo: |
A habilidade de formar biofilme por Paracoccidioides brasiliensis ocorre tanto in vitro como in vivo. A paracoccidioidomicose é uma doença sistêmica que envolve, primariamente, os pulmões e, posteriormente, dissemina-se para outros órgãos e sistemas, incluindo a cavidade bucal. As lesões bucais podem estar associadas a várias bactérias e fungos e a co-agregação de Paracoccidioides spp com essas bactérias e fungos ainda não foi demonstrada. Além disso, os princípios básicos da formação de biofilme deste fungo e a sua compreensão molecular e organização estrutural precisam ser mais bem conhecidos, visando melhores abordagens terapêuticas. Assim, o estudo teve como objetivo caracterizar os elementos estruturais da matriz do biofilme monoespécie de Paracoccidioides spp., bem como avaliar a interação desse fungo com as bactérias Streptococcus mutans e Staphylococcus aureus e com o fungo Candida albicans na formação de biofilme. Foram utilizados os isolados P. brasiliensis (Pb18), P. lutzii (Pb01 e 8334) e P. restrepiensis (339 e 192), na fase leveduriforme, avaliando-se a atividade metabólica, a biomassa total e a estrutura tridimensional dos biofilmes. A matriz extracelular dos biofilmes de Paracoccidioides spp. foi extraída por sonicação e foram quantificados os polissacarídeos, proteínas e DNA extracelular (eDNA). Todas as cepas estudadas de Paracoccidioides foram capazes de formar biofilme, apresentando valores maiores de atividade metabólica e de biomassa em 144 horas. A matriz do biofilme de P. brasiliensis foi similar ao de P.lutzii, destacando-se a presença maior de polissacarídeos, seguido de proteínas e de eDNA. Os biofilmes dupla-espécies de Paracoccidioides spp. com S. mutans e S. aureus, de modo geral, mostraram antagonismo evidenciado pelos resultados de biomassa total, atividade metabólica, contagem de colônias e eletromicrografias, os quais mostraram inibição no crescimento dos fungos. Em contraste, a interação de P. brasiliensis com C. albicans mostrou que os dois microrganismos podem coexistir em um mesmo ambiente, conforme análise in vitro e in vivo no modelo Galleria mellonella. Esses dados ampliam o conhecimento associado à dinâmica de crescimento de biofilme fúngico e pode contribuir para a descoberta de novas estratégias terapêuticas para essas infecções. |