Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Sabrina Marcela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/239709
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Resumo: |
Este estudo in vitro avaliou o efeito de extratos, frações e moléculas isoladas de Casearia sylvestris (de amostras coletadas em três cidades, contemplando os Biomas Atlântico e Cerrado; variedades sylvestris, lingua e intermediária) no controle do biofilme cariogênico de Streptococcus mutans. Primeiro, foram avaliados os efeitos antimicrobiano (cultura planctônica) e antibiofilme (biofilmes iniciais e pré-formados) contra S. mutans em modelos de exposição prolongada (24 horas) via viabilidade da população bacteriana (unidades formadoras de colônias-UFC/mL). Em segundo lugar, os tratamentos eficazes em biofilmes (iniciais e pré-formados) foram usados para preparar soluções (com e sem fluoreto de sódio e testados quanto ao efeito tópico (breve exposição) em biofilmes de S. mutans cultivados em discos de hidroxiapatita revestidos com saliva. Terceiro, os tratamentos selecionados (com efeito em biofilmes iniciais e pré-formados) foram avaliados através da curva de inibição do crescimento de S. mutans associada à expressão gênica e análises de microscopia eletrônica de varredura (MEV). A caracterização química das frações foi realizada via cromatografia. Nenhum extrato bruto mostrou atividade antimicrobiana. Nos biofilmes iniciais, as frações de acetato de etila (AcOEt) e etanólica (EtOH) de Brasília (BRA/DF; 250 µg/mL) reduziram em média 8- e 6-logs vs. veículo, respectivamente, e as frações preparadas por extração em fase sólida (EFS-C18) de Presidente Venceslau/SP (Água/EtOH 60:40 e Água/EtOH 40:60; 500 µg/mL), reduziram em média 6- e 8-logs vs. veículo, respectivamente. Entre as moléculas (Flavonoide 4, Caseargrewiina F ou CsF, Casearinas X e J), apenas CsF (125 µg/mL), reduziu a contagem de células viáveis de biofilmes pré-formados (5 logs vs. veículo). No entanto, para efeito tópico, nenhuma solução afetou os componentes do biofilme (população viável, biomassa, componentes da matriz extracelular e organização estrutural). O perfil de sobrevivência durante o ensaio de inibição do crescimento diferiu entre CsF e AcOEt_BRA/DF. Enquanto ambos mataram a bactéria após uma hora, CsF produziu uma recuperação média constante de células sobreviventes ( 3,5 logs) até 24h (ou seja, bacteriostático). No entanto, a fração AcOEt_BRA/DF causou morte celular pronunciada e progressiva sem células recuperadas em 24h (ou seja, bactericida). CsF e AcOEt_BRA/DF causaram danos irreversíveis às células de S. mutans (imagens MEV) e influenciaram a expressão de genes de virulência de S. mutans. AcOEt_BRA/DF reduziu a expressão de eno (0,6 vezes) e induziu nox1 (8 vezes); CsF induziu gtfB ( 5 vezes). As análises cromatográficas indicam que a fração AcOEt de Brasília/DF contém uma casearina ainda não identificada. Assim, um efeito contra biofilmes de S. mutans ocorreu apenas em um modelo de exposição prolongada devido à capacidade bacteriostática e/ou bactericida de uma fração e uma molécula de C. sylvestris. |