Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Giacomini, Julia Laurindo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/237337
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Resumo: |
Introdução: O uso de antimicrobianos representou um avanço terapêutico considerável, mas tem como efeito indesejável o crescimento da resistência bacteriana. Uma proporção relevante desse uso ocorre em ambulatórios e na atenção básica (também chamada atenção primária à saúde). Faltam estudos que abordem de forma ampla esse uso (em termos quantitativos e qualitativos). ). O objetivo deste estudo é entender a prescrição de antimicrobianos e o impacto do seu uso na atenção básica de saúde.Metodologia: Realizamos um estudo epidemiológico ecológico misto (transversal e prospectivo) para avaliação dos padrões de prescrição e dispensação de antimicrobianos e resultados de exames microbiológicos realizados em 18 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Botucatu (SP). Resumidamente foram realizados: (i) quantificação do uso (através dos indicadores do sistema Anatomical Therapeutical Chemical / Defined Daily Dose (ATC/DDD); (ii) caracterização qualitativa de prescrições (apropriadas x não apropriadas); (iii) análise de grupamentos para identificar padrões de prescrição e sua distribuição espacial; (iv) estudo do conhecimento e atitudes de médicos prescritores nas UBS. Resultados: Em 2019, foram identificadas 33.262 dispensações de antimicrobianos, das quais 27.495 (82,7%) envolviam agentes sistêmicos. A dispensação total de agentes sistêmicos foi de 146.385,60 Doses Diárias Definidas (DDD) por 100.000 habitantes. Os medicamentos mais dispensados foram Amoxicilina (81.716,33), Cefalexina (25.843,20), Metronizadol (13.546,11) e Norfloxacina (11.094, 12). Em análise de cluster, o padrão de prescrição de antimicrobianos foi semelhante em um grupamento de UBS que se localizavam em regiões periféricas ou rurais do município. Dentre as 27. 495 instâncias de prescrição (IP) identificadas, somente 2.410 continham informações de prontuário suficientes para caracterização qualitativa. Destas, 60,10% apresentavam alguma inadequação, sendo metade destas o uso desnecessário. Idosos acima de 80 anos, tratamento de faringite e uso de penicilinas e quinolonas foram fatores estatisticamente associados a inadequações na análise multivariada. Por outro lado, UBS localizadas em áreas de vulnerabilidade social ou pertencentes ao cluster periférico apresentavam menor ocorrência de erros. Conclusão: A prescrição e a dispensação de antimicrobianos em UBS são intensas, com inadequações em quase dois terços dos casos. Curiosamente, a localização de unidades em regiões periféricas de baixa renda está associada a menor ocorrência de erros de prescrição. |