Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Paulo Cezar Rocha dos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204624
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Resumo: |
O envelhecimento é um processo degenerativo que resulta em declínios funcionais, como aqueles observados na performance do andar, no controle postural e na habilidade de adaptação destas tarefas para com perturbações internas e externas. Perturbações internas surgem devido à uma redução na disponibilidade dos recursos biológicos, podendo ser atribuídas como consequência da fadiga. Uma questão intrigante é quando e como o envelhecimento afeta a capacidade de adaptação à perturbação criada pela fadiga para minimizar a perda da funcionalidade. Portanto, esta tese teve como objetivo examinar os efeitos do envelhecimento e da fadiga induzida experimentalmente no andar. No capítulo 2, nós revisamos sistematicamente estudos que examinaram o efeito da fadiga muscular e mental no andar de idosos. Nós identificamos que, embora as fadigas muscular e mental alterem o desempenho do andar, os mecanismos que explicam o porquê das alterações no andar ocorrem não estão claros. Em conclusão, fadiga muscular afeta parâmetros espaço-temporais do andar e a variabilidade da aceleração do tronco. Em contrapartida, fadiga mental parece afetar a variabilidade do andar somente em condições de tarefa dupla. Buscando entender os mecanismos que explicam como a fadiga afeta o andar, nós induzimos as fadigas muscular e mental experimentalmente e verificamos seus efeitos no andar na esteira de 12 adultos e 12 idosos. A fadiga muscular foi induzida pela repetitiva tarefa do sentar e levantar (rSTS). A fadiga mental foi induzida por tarefas de demanda mental por 30 minutos. No capítulo 3, nos verificamos que o envelhecimento, a rSTS e a tarefa de demanda mental afetaram minimamente as variáveis da passada e a dinamicidade do andar na esteira de idosos e adultos saudáveis. Nós interpretamos que a fadiga mental parece induzir efeitos somente na condição de tarefa dupla; modulações neuromusculares especificas para cada grupo podem ter compensado os efeitos da fadiga para a manutenção do desempenho do padrão do andar induzido pela esteira; e que os efeitos da rSTS talvez não foram específicos o suficiente para induzir mudanças em elementos chaves do andar. No capítulo 4, nós examinamos os efeitos do envelhecimento e da rSTS na ativação muscular durante as fases de levantar e sentar da cadeira, e no nível de força. Nós indicamos que por realizar um substancial menor número de repetições, idosos tiveram minimizados os efeitos da fadiga muscular na atividade do músculo e na produção de força máxima. Isto provavelmente explica as mínimas alterações observadas nas variáveis do passada e na dinamicidade do andar vistas no capítulo 3. No capítulo 5, nós testamos se existiam modulações específicas do envelhecimento no controle neuromuscular para compensar os efeitos da fadiga no andar em esteira. Nós indicamos que apesar de idosos tentarem minimizar os efeitos da fadiga muscular por diminuir o desempenho na rSTS, esta elicitou estratégias específicas da idade no comando neural para os músculos para manter a performance do andar em esteira. O capítulo 6 resume as principais descobertas desta tese. Discutimos os dados na perspectiva de que 1) os efeitos da idade e da fadiga podem ser mais evidentes durante as tarefas do andar quando este é avaliado próximo às condições de vida real, ou em situações de tarefa-dupla em comparação com a caminhada na esteira; 2) talvez, um modelo de indução à fadiga que envolvesse tarefas de andar e/ou que focasse em aspectos específicos da locomoção (como o andar por longa distância em superfícies planas e/ou inclinadas, e subir e descer escadas), pudesse ser mais eficaz para examinar o efeito do envelhecimento nas adaptações do andar. No entanto, mesmo com efeitos limitados, a rSTS provoca alterações específicas da idade no ‘drive’ neural para músculos sinergistas do tornozelo, que podem ser interpretadas como compensação à fadiga para que idosos mantenham o desempenho do andar. |