No instante seguinte: convenções da embalagem da obra de arte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Caio Netto dos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255442
Resumo: Quando adentramos um museu ou galeria, vemos as obras expostas na parede, sem indícios de como elas chegaram ali, do atelier do artista à sala expositiva a embalagem percorre diversos caminhos, sejam eles simbólicos - sua produção enquanto arte - sejam eles físicos - o transporte em si do atelier do artista à sala expositiva. Para entender como o transporte se dá, o presente trabalho se debruça sobre a Embalagem de Obra de Arte (hardcrates, wooden boxes ou softpacks) como objeto resultante das relações sociais do Mundo da Arte, tanto no campo simbólico ou social - relação entre agentes - quanto no campo técnico - como produzir e transportar uma embalagem. Assim, parto da necessidade de se guardar objetos como algo do cotidiano para a situação dos profissionais envolvidos nesse trabalho nos espaços de arte entendendo que a necessidade de guardar produz hierarquias múltiplas de uns sobre outros e produz as relações entre objetos, pessoas e nações. A fins de destrinchar essas relações, utilizo o termo ficção - extraido do trabalho de Broodthaers - para problematizar as relações produzidas pelo sistema artístico, entendendo a ficção como uma ferramenta capaz de expor aquilo que está no subterrâneo e que também possui a capacidade de redistribuir papéis. O trabalho tem como base metodológica a Sociologia da Arte da segunda metade do Século XX, navegando entre os bastidores das galerias, museus e leilões, para trazer à luz coisas que no dia-a-dia ficam distantes do público, para tal utiliza-se a montagem de Walter Benjamin posicionando texto e imagens lado a lado.