Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
De Marchi, Bruno Rossitto [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154822
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Resumo: |
A mosca-branca, Bemisia tabaci (Gennadius) é uma praga de distribuição global que afeta centenas de diferentes plantas hospedeiras incluindo grandes culturas, olerícolas e ornamentais. B. tabaci causa danos principalmente através da transmissão de vírus de plantas como os begomovirus, crinivirus, ipomovirus, torradovirus e carlavirus. Atualmente, B. tabaci é considerada um complexo de pelo menos 40 espécies crípticas que apresentam diversidade genética, biológica e diferentes composições de bactérias endossimbiontes facultativas. No Brasil, tanto espécies nativas quanto exóticas de mosca-branca são encontradas e ainda há uma escassez de dados genômicos destas populações e das bactérias endossimbiontes. Na África Oriental, altas populações de moscas-brancas estão disseminando diferentes vírus de plantas que causam epidemias na cultura da mandioca (Manihot esculenta) e com perdas na produtividade. A principal forma de manejo desses vírus na África é através da utilização de variedades tolerantes. Portanto, é essencial a identificação de novos genes de resistência para o desenvolvimento de variedades e um manejo eficiente das doenças. O sequenciamento de transcriptomas é uma ferramenta que possibilita uma análise genômica da mosca-branca, dos vírus transmitidos por ela, das bactérias endossimbiontes e das plantas hospedeiras dessa praga. Portanto, os dados genômicos obtidos dão suporte para o desenvolvimento de novas técnicas que podem se tornar futuras alternativas de controle de mosca-branca e dos vírus associados. No Capítulo 1, dados de transcriptomas foram obtidos das diferentes espécies de B. tabaci encontradas no Brasil, tendo sido possível a obtenção de genomas mitocondriais completos de espécies exóticas e nativas de mosca-branca, além de genomas parciais do endossimbionte facultativo Hamiltonella. A análise filogenética revelou que as diferenças genéticas presentes no gene mtCOI entre as espécies nativas e as espécies exóticas se estendem ao genoma mitocondrial e ao endossimbionte facultativo Hamiltonella. Além disso, foi possível verificar uma deleção de aminoácidos somente no gene GroEL de Hamiltonella que está presente em populações de moscas-brancas nativas. Esse gene é conhecido por estar associado a transmissão de vírus de plantas. No Capítulo 2, foram sequenciados transcriptomas de plantas de mandioca naturalmente infectadas com vírus coletadas no campo em diferentes países da África. A partir desses dados, foi avaliada a diversidade de genes do cloroplasto e a relação com diferentes espécies de vírus. Há uma baixa diversidade dentre as cultivares de mandioca atualmente plantadas na África e não foi possível verificar nenhuma relação entre os genes de cloroplastos avaliados e as espécies de vírus detectadas ocorrendo naturalmente no campo. Os dados obtidos reforçam a necessidade da introdução de novos materiais genéticos para aumentar a diversidade genética das cultivares de mandioca plantadas nesses países, a fim de melhorar as alternativas de manejo das epidemias de vírus. |