Parâmetros clínicos, hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo em cães saudáveis submetidos à ozonioterapia por insuflação retal.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Paula Lima de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/244584
Resumo: A ozonioterapia atua no organismo induzindo um estresse oxidativo controlado, promovendo melhora da resposta antioxidante, imune e circulatória, o que parece auxiliar nos processos infecciosos e inflamatórios. Todavia, muito pouco é conhecido sobre como a ozonioterapia afeta os parâmetros fisiológicos e os indicadores de estresse oxidativo em cães. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar os parâmetros clínicos, hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo de cães saudáveis submetidos à ozonioterapia e oxigenioterapia por insuflação retal. Para tal, 10 cães saudáveis foram alocados em três grupos experimentais em delineamento cruzado com um mês de intervalo: controle, sem intervenção; ozônio, que recebeu 100µg de O3/kg por insuflação retal; e oxigênio, que recebeu volume equivalente ao de ozônio de O2 medicinal por insuflação retal. Cada animal recebeu quatro aplicações consecutivas com intervalos semanais, com 2 coletas de sangue por semana no terceiro e sétimo dias após a aplicação. Posteriormente, foram acompanhados por mais 4 semanas, com coleta semanal. Sendo assim, os animais foram acompanhados por um total de 12 momentos, sendo avaliados parâmetros hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo, determinando-se a capacidade antioxidante total (CAT) equivalente a trolox pela inibição da redução do cátion ABTS sozinho (CAT-ABTS) e associado à peroxidase (CAT ABTS-HRP), pela capacidade de redução férrica (CAT-FRAP) e cúprica (CAT-CUPRAC); além da determinação da capacidade oxidante total (COT), peroxidação lipídica pelas substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e dos antioxidantes ácido úrico e albumina. As variáveis foram testadas quanto à normalidade e as diferenças entre os momentos e grupos foram verificadas pelos testes de ANOVA com medidas repetidas e pós-teste de Tukey ou Friedmann com pós-teste de Dunn, sendo consideradas significativas quando p<0,05. A ozonioterapia por insuflação retal aumentou significativamente o peso dos animais e ao avaliar os parâmetros hematológicos, houve aumento do volume corpuscular médio (VCM) e do volume plaquetário médio (VPM); nos parâmetros bioquímicos houve redução dos níveis séricos de colesterol total. Quanto aos parâmetros de estresse oxidativo a ozonioterapia reduziu significativamente CAT-FRAP em D7 tanto em relação ao momento basal quanto ao controle, aumentou significativamente a CAT-CUPRAC em D42 e D49 quando comparado ao grupo controle, causou aumento de ácido úrico quando comparado ao grupo oxigênio e reduziu a peroxidação lipídica em D21 em relação ao grupo controle. Conclui-se que a ozonioterapia por insuflação retal em cães saudáveis causa estresse oxidativo transitório seguido de uma resposta antioxidante e interfere de forma discreta em alguns parâmetros clínicos, hematológicos e bioquímicos ainda permanecendo dentro dos intervalos de referência para a espécie, evidenciando ser uma terapia segura. Além disso, a oxigenioterapia causa estresse oxidativo sem induzir resposta antioxidante posterior.