Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Manoel, Pedro Sartori |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191871
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Resumo: |
No Estado de São Paulo, o agronegócio vem se expandindo ao longo das últimas décadas, principalmente com o aumento de áreas de monocultura. Uma vez que os ambientes aquáticos possuem uma relação direta com o ambiente terrestre que o circunda, é necessário verificar quais os impactos dessas monoculturas sobre as dinâmicas ecológicas locais e como as comunidades aquáticas respondem a esses impactos. Sendo assim, nosso objetivo foi verificar como diferentes tipos de monocultura afetam a estrutura das comunidades de macroinvertebrados bentônicos e peixes, e a estrutura trófica da ictiofauna de riachos. Para isso, comparamos as características ambientais, a estrutura destas comunidades e a estrutura trófica da ictiofauna em riachos de 1ª a 3ª ordem localizados em áreas de vegetação nativa e em áreas de monocultura de cana-de-açúcar, citros e eucalipto, todos pertencentes à bacia do rio Paranapanema, Sudeste do Brasil, na estação seca de 2016. Verificamos que as monoculturas alteram de forma semelhante as características físicas dos riachos, com diminuição do pH e do oxigênio dissolvido na água e aumento do fósforo total dissolvido na água e da quantidade de substrato fino presente no leito do riacho, em relação aos riachos localizados em fragmentos de vegetação nativa. Essas alterações nas características físicas, por sua vez, podem ter sido responsáveis por modificar a estrutura das comunidades de macroinvertebrados bentônicos, causando o desaparecimento de grupos sensíveis a impactos ambientais, porém não modificaram a estrutura das comunidades de peixes. A estrutura trófica da ictiofauna também não foi alterada, mantendo-se a ingestão tanto de itens de origem autóctone como alóctone nos riachos de monocultura e de vegetação nativa. Destacamos a importância de políticas públicas para a conservação de riachos localizados em áreas de monocultura e indicamos que algumas medidas, como restauração da vegetação ripária, plantio em curvas de nível e terraceamento, são fundamentais para a sua proteção. |