Drift de macroinvertebrados em riachos de cabeceira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Carvalho, Laryssa Kalliane de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Ecologia e Conservação
BR
UEPB
Mestrado em Ecologia e Conservação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2031
Resumo: Os riachos de cabeceira cobertos por mata ripária frequentemente dependem do aporte alóctone de detritos orgânicos como fonte de energia para o metabolismo aquático. As relações entre a disponibilidade de recursos alimentares e o drift de invertebrados em riachos de cabeceira em regiões tropicais são ainda pouco conhecidas. Em geral, a densidade de invertebrados no drift aumenta em resposta à disponibilidade reduzida de recursos alimentares. O objetivo deste estudo foi avaliar as relações entre a disponibilidade de recursos alimentares e a densidade de invertebrados no drift. Para isso foram realizadas amostragens nos períodos de seca e chuva de 2012 em 9 riachos de cabeceira na Serra do Espinhaço (MG, Brasil). Em cada riacho foram coletadas amostras de matéria orgânica particulada grossa (CPOM) e fina (FPOM), perifiton, invertebrados no drift e amostras de sedimento para avaliar a propensão dos macroinvertebrados ao drift. Não houve diferenças significativas nos valores de propensão entre os períodos de seca e chuva. Coletores-catadores e coletores-filtradores ocorreram em altas densidades nos dois períodos amostrados. Coletores-catadores foram relacionados negativamente com a FPOM indicando que nos riachos onde a disponibilidade de FPOM é baixa, as densidades de organismos coletores-catadores no drift é alta. Entretanto, essa relação foi positiva com os coletores-filtradores. Estes resultados corroboram que o drift de invertebrados é relacionado à disponibilidade de recursos alimentares, sobretudo para invertebrados coletores-catadores que se alimentam do material depositado nos interstícios dos substratos. Potencialmente, alterações na estabilidade do fundo de riachos de cabeceira influencia a disponibilidade de FPOM, como resultado de alterações no uso e ocupação do solo nas áreas de entorno, estabilidade das margens e diversidade de habitats físicos.