Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Mirela Moreno Almeida de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136287
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Resumo: |
Na educação inclusiva, muito se debate sobre a necessidade de um ambiente adequado, que disponibilize recursos adaptados às necessidades da pessoa com deficiência, no entanto, atenção também deve ser dada à demanda ambiental no que tange à relação indivíduo-tarefa-ambiente, uma vez que a expressão de competências individuais emerge da sua interação com o contexto. Esta pesquisa teve como objetivo geral identificar características da percepção de competência, em situação de atividades escolares na perspectiva dos professores e alunos com e sem deficiência física. Destacamos os seguintes objetivos específicos: a) Identificar se a percepção dos professores com relação à competência dos alunos com e sem deficiência se diferencia, b) Identificar se a autopercepção de competência dos alunos com e sem deficiência se diferencia, c) Identificar se a percepção do professor com relação à competência do aluno com e sem deficiência se diferencia, dependendo da atividade pesquisada, d) Identificar se a autopercepção do aluno com e sem deficiência se diferencia, dependendo da atividade pesquisada, e) Identificar se existe diferença entre a percepção do professor com relação à competência do aluno com e sem deficiência e a autopercepção de competência dos respectivos alunos f) Identificar se existe diferença entre a percepção do professor com relação à competência do aluno com e sem deficiência e a autopercepção de competência dos respectivos alunos dependendo da atividade pesquisada, g) Identificar tendências perceptivas do professor na categorização do aluno com deficiência e a relação desse parâmetro com a atribuição de competência ao aluno. Participaram deste estudo dezoito alunos do ensino fundamental e seus professores, sendo nove alunos com deficiência física, nove sem deficiência e nove professores, na seguinte distribuição: aluno com deficiência, seu colega da sala de aula sem deficiência e o professor da sala. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, que versou sobre caracterização do aluno pelo professor sob aspectos gerais e sob aspectos da funcionalidade, e por meio do Perceived Eficacy and Goal Setting System (PEGS), que contempla a percepção de eficácia em vinte e sete atividades. Na análise do conteúdo das entrevistas, os resultados demonstraram que houve predomínio da caracterização do aluno com deficiência sob o enfoque da participação e realização das atividades escolares, sugerindo uma tendência de percepção do professor apoiada no olhar biopsicossocial da funcionalidade. Na análise estatística dos dados obtidos pelo PEGS, os resultados demonstraram que a percepção dos professores para a competência dos alunos sem deficiência foi mais favorável do que a percepção de competência dos alunos com deficiência tanto na avaliação geral do conjunto das atividades quanto em relação a cada uma das atividades pesquisadas. A autopercepção de competência dos alunos com deficiência não apresentou diferença estatisticamente significante, quando comparada à dos alunos sem deficiência tanto na avaliação geral do conjunto das atividades quanto em relação a cada uma das atividades pesquisadas. No entanto, os valores de dispersão demonstraram que, em todas as análises, os alunos sem deficiência apresentaram uma autopercepção mais favorável do que os alunos com deficiência. Ao compararmos a percepção dos professores a respeito da competência dos alunos com e sem deficiência e a autopercepção dos respectivos alunos não foi evidenciada diferença estatisticamente significante, porém os valores de dispersão demonstraram que, tanto na avaliação geral quanto nas atividades analisadas separadamente, todos os resultados apontaram que a autopercepção de competência dos alunos com deficiência é mais favorável do que a avaliação dos seus professores a respeito das suas competências, enquanto que na análise comparativa da percepção do professor com relação à competência dos alunos sem deficiência não foi identificada diferença significativa, conforme a análise dos valores de dispersão. Podemos concluir que a deficiência física influiu desfavoravelmente na percepção de competência tanto na perspectiva dos professores quanto dos próprios alunos com essa condição. Por outro lado, este estudo, ao evidenciar a tendência de caracterização do aluno com deficiência mais sob aspectos da funcionalidade e menos sob aspectos dos atributos físicos da deficiência, aponta para um resultado favorável à inclusão, embora as condições do ambiente ainda não ocupem lugar de destaque na percepção desses profissionais. |