Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Bartoli, Estevan [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150639
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Resumo: |
A presente tese analisa a existência de sistemas territoriais formados por redes locais de sujeitos que reconstroem vínculos territoriais a partir da cidade de Parintins (AM). Nossa hipótese é a de que tais redes que manejam recursos regionais enquanto coletivos organizados desempenham novas mediações na formação de territórios e territorialidades (conceitos interpretativos). Para análise, propomos a noção de Sistema Territorial Urbano-Ribeirinho (STUR). Este é estruturado por um módulo socioeconômico e organizacional. A partir do milieu urbano, constrói malha de influência, cujos critérios para investigação consistem: na relação histórico-cultural; relações com o sítio e situação da cidade; capacidade de processamento de recursos regionais; abrangência da área de atuação e influência econômica; capacidade de ativar pontos no território; autonomia relativa frente às redes locais de poder e a capacidade de criar relações em escalas variadas. A análise empírica ocorre a partir de quatro grupos: Colônia de Pescadores, Associação de Carpinteiros Navais, Consórcio de produtores Sateré-Mawé e a Associação de Produtores Moveleiros. Após coleta de dados, comparando a evolução das relações territoriais de cada caso, temos o STUR enquanto mediador multidimensional na produção de territorialidades. Este funciona como complemento dual da economia urbana, abastecendo tanto a economia popular quanto as atividades vinculadas ao capital mercantil dominante. Como elo mediador entre a cidade e interiores, possibilita extração sazonal de recursos através de práticas espaciais adaptativas de cada grupo articulando saberes e técnicas tradicionais não codificadas às técnicas modernas. Abrange ainda dinâmicas no espaço intraurbano em seu diálogo com a morfologia urbana. Ocupações irregulares e bairros populares possuem configurações em beiras de rios que propiciam continuidade das práticas espaciais dos grupos. Estrutura-se, assim, um sistema territorial que conecta a cidade às suas áreas de influência (comunidades, Unidades de Conservação e Terras Indígenas) com papel destacado às tipologias de embarcações. O que denominamos como “retorno ao território” confirma nossa hipótese. Novas territorialidades se configuram a partir da interação na cidade, com combinações evolutivas variadas dos critérios supracitados em cada grupo. |