Efeitos do nitrito de sódio e sua associação ao sildenafil na hipertensão gestacional experimental em ratas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rizzi, Victor Hugo Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/155963
Resumo: As desordens hipertensivas gestacionais são complicações que acometem em torno de 5-10% das gestações. Essas desordens são as maiores causas de morbidade e mortalidade tanto materna quanto fetal. Estudos demonstram redução da biodisponibilidade do óxido nítrico (NO) em doenças hipertensivas gestacionais, tornando uma das condições responsáveis por agravar a disfunção endotelial durante o curso desta doença. Neste sentido, trabalhos demonstram que a administração oral de nitrito de sódio (NaNO2) e a administração de citrato de sildenafil podem reverter a redução da biodisponibilidade de NO e potencializar a via de sinalização NO-GMPc respectivamente. Para realização dos trabalhos foram utilizadas ratas Wistar, no qual, após confirmação da prenhez receberam L-NAME i.p para indução da hipertensão e tratamentos com nitrito de sódio e/ou citrato de sildenafil via oral entre os dias 14-21 de prenhez. A pressão arterial sistólica foi aferida pelo método de pletismografia de cauda. Parâmetros materno-fetais como: peso fetal e placentário, número de fetos viáveis e reabsorvidos foram realizados após a morte das ratas no 21º dia gestacional. O plasma das ratas foram armazenados para dosagens dos níveis plasmáticos de nitrito+nitrato, guanosina monofosfato cíclico (GMPc), mieloperoxidase (MPO), peroxidação lipídica (TBARS), TEAC, MTT sFlt-1 e VEGF. Além disso o plasma das ratas foram incubadas com células endoteliais de cordão umbilical humano (HUVECS) para avaliar a produção de NO endotelial. Em ambos os trabalhos, nós encontramos redução da pressão arterial sistólica com nitrito e sildenafil, tanto isolado quanto em associação. Somente o sildenafil foi capaz de aumentar o peso fetal, enquanto o peso placentário foi melhorado por ambas as drogas. Tanto nitrito quanto sildenafil foram capaz de reduzir a reabsorção, possivelmente por aumentar a viabilidade fetal. Foi encontrado aumento de NO plasmático em todos os grupo que receberam nitrito, enquanto curiosamente a síntese de NO em HUVECS incubadas com plasma das ratas foi aumentada em ambas as drogas. Ainda em relação a cultura celular, nós encontramos aumento da viabilidade celular em ratas hipertensas tratadas com sildenafil. A concentração plasmática de GMPc estava aumentada em ratas normotensos que receberam sildenafil. Ambas as drogas apresentam efeito antioxidante, mas somente o sildenafil foi capaz de reduzir a atividade plasmática da MPO. Fatores angiogênicos (VEGF) e anti-angiogênicos (sFlt-1) presentes em doenças hipertensivas gestacionais estavam aumentados em ratas que receberam L-NAME, porém o nitrito de sódio foi capaz de reduzir esses fatores. Nosso dados sugerem que o nitrito e o sildenafil, tanto isolado 2 quanto em associação apresentam efeitos anti-hipertensivos e antioxidantes. Portanto, nossos resultados sugerem que a ativação da via NO-GMPc aumentou o fluxo sanguíneo na interface materno-fetal e protegeu contra a hipertensão e a restrição do crescimento fetal induzidas pelo L-NAME.