Avaliação dos efeitos do citrato de sildenafila na morfologia e no estresse oxidativo do córtex da glândula adrenal em animais espontaneamente hipertensos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Araujo, Victor Hugo Vieira de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
SHR
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7811
Resumo: A hipertensão essencial é um grande problema de saúde pública no mundo. O modelo animal mais adequado para o estudo desta enfermidade é o Rato Espontâneamente Hipertenso (SHR). A hipertensão está associada ao aumento de espécies reativas de oxigênio, capazes de se combinar com componentes celulares provocando danos estruturais. O citrato de sildenafila é um inibidor da fosfodiesterase 5 que permite o prolongamento do estímulo dilatador pelo óxido nítrico, auxiliando na manutenção do tônus vascular. O objeto de estudo deste trabalho é a zona glomerulosa da glândula adrenal, pois ela é responsável pela produção dos hormônios que atuam na reabsorção do sódio. Todos os hormônios esteróides da adrenal são produzidos pela mitocôndria, que sofre diretamente com os danos causados pelo estresse oxidativo. Por isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações morfológicas e o estresse oxidativo em animais hipertensos, comparados aos animais hipertensos tratados com citrato de sildenafila. Durante os 30 dias de experimento foram utilizados 32 ratos com vinte semanas de idade, 16 SHR e 16 Wistar kyoto que receberam gavagem orogastrica diáriamente e foram submetidos a pletismografia da artéria caudal semanalmente. Inicialmente, avaliamos uma diminuição da espessura da zona glomerulosa no grupo SHR, que foi revertido através da proliferação celular no grupo tratado. A expressão da Superóxido dismutase (SOD) estava elevada durante a hipertensão e o tratamento reduziu sua expressão. Já a enzima catalase não apresentou altos níveis de expressão no grupo SHR, o que pode ter acontecido pela exaustão da proteína. A detecção de citocromo C, assim como da proteína pró-apoptótica Bax foram maiores no grupo hipertenso, indicando o processo apoptótico das células da zona glomerulosa neste grupo. O tratamento com citrato de sildenafila teve um efeito protetivo, reduzindo a expressão destas proteínas. Na análise da biogênese mitocondrial, foi observado que o citrato de sildenafila estimulou a síntese de PGC1α nos animais tratados. Na avaliação ultraestrutural das células da zona glomerulosa, observamos mitocôndrias com poucas cristas no grupo SHR, enquanto nos tratados as cristas estavam tubulares e bem preservadas, além de terem um maior número de grânulos de secreção no citoplasma. Esses resultados indicam que o citrato de sildenafila pode atenuar os efeitos do estresse oxidativo na zona glomerulosa da adrenal na hipertensão.