Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Fióri, Léslie Cristine [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/144497
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Resumo: |
Os bifosfonatos têm sido amplamente utilizados no tratamento de doenças relacionadas a distúrbios no metabolismo ósseo. Dentre os bifosfonatos mais potentes, o alendronato (ALD), possui grande potencial em inibir a reabsorção óssea. O objetivo deste estudo foi avaliar, in vivo, o efeito da administração de alendronato, a longo prazo, na reparação óssea em defeitos críticos confeccionados em calvárias de ratas. Para isto, 160 ratas foram distribuídas aleatoriamente em 2 grupos que receberam, semanalmente, injeções subcutâneas de placebo [grupo controle (CTL)] e de alendronato [grupo alendronato (ALD)]. Após 120 dias do início do tratamento, foi confeccionado um defeito crítico na calvária de todos os animais e 10 animais de cada grupo foram sacrificados aos 5, 10, 15, 20, 25, 30, 45 e 60 dias após a confecção do defeito. No dia do sacrifício foram coletadas amostras de urina e sangue e foram removidas as calvárias e os fêmures dos animais. Os fêmures foram avaliados quanto à densidade mineral óssea (BMD). Para a avaliação sistêmica do efeito do medicamento no metabolismo ósseo, foram investigados os níveis urinários de deoxipiridinolina (DPD) e os níveis séricos de propeptídeo amino terminal do procolágeno tipo I (P1NP), de telopeptídeo carboxiterminal do colágeno tipo I (CTX) e de osteocalcina por ensaio imunoenzimático (ELISA). Secções de calvárias submetidas ao processamento para inclusão em parafina foram empregados para: 1) imuno-histoquímica para detecção de RANKL (ligante do receptor de ativação do fator nuclear kß), osteoprotegerina (OPG), Catepsina K, RUNX2 (fator de transcrição 2 relacionado ao Runt), Osteopontina (OPN), iNOS (óxido nítrico sinstase induzível) e Fator de Crescimento Endotelial Vascular (VEGF); 2) coloração com Tricrômico de Goldner para análise da quantidade de tecido mineralizado e de matriz osteóide e fechamento do defeito; 3) avaliação da quantidade de osteoclastos TRAP+ (localização de células positivas para a enzima fosfatase ácida tartarato resistente-positivos) e 4) análise morfológica do tecido ósseo. Foram encontrados maiores valores de BMD para os animais no ALD em relação ao CTL. As concentrações de CTX e DPD foram maiores no grupo ALD, enquanto as concentrações de P1NP e osteocalcina foram menores no grupo ALD. Na análise imuno-histoquímica, verificou-se maiores expressões de catepsina K no ALD até os 15 dias, com inversão a partir dos 20 dias. A OPN apresentou menor imunomarcação nos períodos iniciais no ALD, havendo uma inversão aos 45 e 60 dias. O VEGF apresentou expressão significativamente maior no ALD aos 45 dias. O grupo ALD apresentou menor imunopositividade para o iNOS em todos os períodos, com diferença estatística até os 25 dias, enquanto o RUNX2 apresentou valores significativamente menores no ALD até os 20 dias e aos 60 dias em relação ao CTL. O ALD apresentou menor expressão de RANKL e maior expressão de OPG, em relação ao CTL. Observou-se diminuição da quantidade de células TRAP+ ao longo dos períodos no CTL e ALD. Verificou-se menor quantidade de matriz osteóide no ALD. Aos 45 e 60 dias, no ALD, a distância entre as bordas do defeito foi menor em relação aos períodos iniciais. Na análise morfológica, observou-se um relativo atraso na remodelação óssea no ALD. Os resultados em conjunto, sugerem que o ALD pode tem um efeito prejudicial no processo de reparo de defeitos críticas em calvárias de ratas, a longo prazo. |