Incompletudes da abordagem tradicional e suas implicações no ensino/aprendizagem da língua: um recorte sobre as relações de coordenação e subordinação nos períodos compostos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Sperança, Ana Carolina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93971
Resumo: Este trabalho teve como motivação a situação atual do ensino de língua portuguesa nas escolas, tida como problemática especialmente no que diz respeito ao ensino de gramática. Verificou-se, a partir de entrevistas com professores do Ensino Fundamental e Médio e a partir da análise de diversos manuais de gramática tradicional, que o apego ao formalismo é um dos fatores que limitam o ensino da língua que tem, como objetivo principal, desenvolver as habilidades comunicativas do aluno. No que diz respeito a aspectos lingüísticos, foram analisados neste trabalho os processos de constituição do período composto: a coordenação e a subordinação. Constatamos que a caracterização desses processos se dá, nos respectivos manuais, apenas com base no critério sintático da independência/dependência. Contudo, este se mostra insuficiente, dada a integração dos níveis sintático, semântico e pragmático no uso da língua. Estudaram-se as conjunções prototípicas participantes das construções por coordenação e subordinação adverbial (as quais se aproximam), em textos jornalísticos e textos de literatura romanesca do português contemporâneo do Brasil. Pôde-se observar, com base nos princípios funcionalistas, que as conjunções podem assumir valores semânticos não previstos pela gramática tradicional, uma vez que o uso interfere na estruturação da língua. O estudo focalizou as conjunções QUANDO e ENQUANTO, mais suscetíveis de receber outros valores superpostos ao temporal. Espera-se que este trabalho ofereça subsídios ao ensino de língua portuguesa - nas questões gramaticais - de forma a considerar também seus aspectos semânticos e pragmáticos, incorporando a reflexão do funcionamento da língua em sala de aula.