Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Amarante, Mirian Verza [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/237372
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Resumo: |
Muitos estudos tentam descrever o desempenho ortográfico de crianças analisando os erros ortográficos e suas tipologias (omissões, transposições, substituições) presentes na escrita infantil. No entanto, grande parte desses estudos, além de verem erros ortográficos como sintomas ou atraso no percurso da alfabetização, colocam os diferentes tipos de erros num mesmo plano de complexidade. Assumimos, porém, gradiência na relação entre acertos e erros e também gradiência no interior de cada tipo de erro, conforme proposta de Chacon e Pezarini (2018), o que leva a problematizar a tendência da literatura de vê-los num mesmo plano. Assim, realizamos um estudo transversal das características de um tipo de erro específico: a transposição ortográfica. Particularmente, investigamos como características fonético-fonológicas da sílaba permitiriam entender melhor os ajustes silábicos que os deslocamentos de grafemas provocariam no interior da sílaba. Para tanto, analisamos 63 produções textuais de crianças do Ciclo I do Ensino Fundamental. Primeiramente, quantificamos a presença das transposições verificando sua distribuição em: transposições intersilábicas simples e duplas; e transposições intrassilábicas simples e duplas. Depois, observamos os ajustes silábicos resultantes da movimentação das transposições, a fim de compreender se o fenômeno provocaria a manutenção, o aumento ou a redução da complexidade silábica. Como resultado, observamos que 43,6% dos registros de transposições foram do tipo intrassilábica simples; seguida das intrassilábicas duplas (22,7%), intersilábica simples (19,2%) e intersilábica dupla (14,5%). Em relação aos ajustes silábicos, observamos que as transposições envolveram, majoritariamente, sílabas complexas, mas que o funcionamento dos tipos de transposição se mostrou diferente no interior da sílaba: as intersilábicas tenderam a manter a complexidade silábica, enquanto que as intrassilábicas tenderam ao aumento da complexidade silábica. Os resultados mostraram, portanto: (1) uma amostra de escrita já bastante inclinada para as convenções ortográficas; (2) uma gradiência interna das transposições em relação ao acerto; e (3) um diferente funcionamento entre as transposições nas estruturas silábicas. Esperamos que o presente trabalho traga contribuições para um melhor entendimento das bases fonético-fonológicas da ortografia, bem como para o desenvolvimento de práticas pedagógicas e clínicas com a escrita infantil. |