Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Forner, Clarissa Nascimento [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193494
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Resumo: |
O aparato militar tem sido um dos principais sustentáculos da projeção internacional dos Estados Unidos da América (EUA). Desde a década de 1950, a institucionalização do Departamento de Defesa (DoD) foi acoplada ao funcionamento das dinâmicas políticas e econômicas do campo doméstico, que garantiram à agência o desenvolvimento de vastas capacidades materiais e destaque nos processos de tomada de decisões. O aumento do intervencionismo militar estadunidense em outras regiões do globo favoreceu o alargamento da presença das tropas norte-americanas no exterior. Após o encerramento da Guerra Fria (1947-1989), a associação entre as capacidades desenvolvidas pela burocracia de defesa e sucessivos ciclos de desinvestimento nos instrumentos civis de política exterior promoveram a maior delegação de funções ao DoD e às forças armadas, as quais se expandiram por força dos atentados de 11 de setembro de 2001 e da deflagração das operações no Afeganistão e no Iraque. Os desequilíbrios orçamentários e o processo de acúmulo de competências despertaram debates domésticos sobre a possibilidade de aumento da dependência da política externa norte-americana em relação ao poder militar. Esta tese de doutorado se insere neste debate, com o objetivo de mapear as funções e autoridades adquiridas pelo Pentágono na esfera da política exterior, particularmente durante as administrações de George W. Bush (2001-2009) e Barack Obama (2009-2017). Hipoteticamente, durante este período, o incremento da presença internacional da agência representou uma militarização setorial da política externa estadunidense. Compreendemos militarização como o processo de acúmulo de funções, autoridades e influência da agência de defesa e das forças militares no processo de elaboração da política exterior. Será também nosso intuito analisar as fontes de legitimação da atuação internacional do DoD e da militarização. Para tanto, mapearemos as relações construídas pela agência com a presidência, o Legislativo, os atores privados e as agências burocráticas civis relacionadas ao campo de política exterior: o Departamento de Estado (DoS) e a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Finalmente, buscaremos contribuir para o debate, aprofundando a discussão sobre os conceitos de militarização e militarismo, mediante a qualificação dos termos, a partir da história e das especificidades do caso norte-americano. |