Disponibilidade hídrica para abastecimento público: o caso do reservatório do rio Santo Anastácio no município de Presidente Prudente estado de São Paulo- Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Olavo Bonifácio da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236654
Resumo: O município de Presidente Prudente, localizado na região Oeste do estado de São Paulo, passou por diversas crises de abastecimento público ao longo de sua história. Desde o ano de 1968, a captação superficial ocorria no reservatório artificial, localizado no rio Santo Anastácio. No ano de 1985, após passar por uma severa estiagem, o município decretou estado de calamidade pública e conduziu a operação e captação de água do Balneário da Amizade, localizado na bacia hidrográfica do córrego Limoeiro. Em 1988, ocorreu a ampliação do reservatório do rio Santo Anastácio e, no ano de 1998, foi inaugurada a captação do rio do Peixe, que passou a responder por 70% da produção de água para o abastecimento público e o reservatório do rio Santo Anastácio, por 30%. Nesse contexto, o estudo buscou avaliar a disponibilidade hídrica para abastecimento público de Presidente Prudente, verificando a capacidade de reservação do reservatório do rio Santo Anastácio entre os anos de 1988 e 2021. Além disso, buscou analisar características químicas, físicas e biológicas dos córregos afluentes e do reservatório para o entendimento da qualidade da água frente aos seus usos pretendidos. Para a realização das análises de qualidade da água foram elaboradas coletadas a campo no córrego do Cedro (P1), córrego Cedrinho (P2), rio Santo Anastácio (P3) e na saída do reservatório (P4). As coletas foram realizadas com periodicidade quadrimestral, com início em julho de 2020 e finalizadas em julho de 2021. Os parâmetros selecionados foram de Cor Verdadeira, Condutividade Elétrica (Ce), Cianobactérias (somente para o ponto P4), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio (DQO), Fósforo Total, Nitrogênio Amoniacal (N-NH4), Nitrato (N-NO3), Nitrito (N-NO2), Oxigênio Dissolvido (OD), pH, Sólidos Dissolvidos Totais (SDT), Turbidez e Temperatura da Água. Os resultados do P1 apresentaram valores em não conformidade com os limites legais para as amostras de DBO, Fósforo Total e Ce na coleta de jul./20 e cor Verdadeira, DBO, OD e Ce na coleta nov./20. Foram observados para o ponto P2 resultados em não conformidade com a legislação para todos os valores de Cor, DBO, Fósforo Total, OD e Ce. No P3, houve valores em não conformidade na coleta de jul./20 para as variáveis Fósforo total e DBO. A variável OD apresentou valor em conformidade apenas na amostragem de mar./21, sendo os demais resultados abaixo do mínimo exigido para um rio classe 2. Os resultados no P4 indicaram que todos os valores de OD encontraram-se em não conformidade, bem como os valores de Cor Verdadeira para os meses de jul./20 e nov./2020. Todos os resultados de cianobactérias no período de 2015 a 2020 apresentaram resultados dentro do limite legal. Por meio do levantamento topobatimétrico, pôde-se observar da área total do reservatório um volume assoreado de 237.456,50 m3, que representa o comprometimento de 13,8% da sua capacidade de reservação. Com base nos resultados dos SDT do P4, identificou-se a ocorrência de uma sedimentação de 8.9 ton./dia no reservatório, que apresenta um volume útil de 1.482.543.50 m3 e vida útil estimada em 191,2 anos, a partir do ano de 2022.