Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Vania Vasti Alfieri |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/242761
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Resumo: |
Dietas maternas, entre elas aquelas ricas em carboidratos simples e gorduras, ingeridas durante o período pré, pós-concepção e início de vida de seus descendentes, podem gerar estresse oxidativo e inflamação em diversos órgãos, incluindo o cólon. A carnosina (CAR) é um dipeptídeo que apresenta potencial antioxidante e anti-inflamatório. Dessa forma, este estudo visa avaliar o papel protetor da CAR sobre as alterações colônicas induzidas pela administração da 1,2-dimetilhidrazina (DMH) sob influência do consumo de dieta hipercalórica ou dieta normocalórica na geração F1 de ratas Sprague-Dawley (SD). Fêmeas (F0) com 3 semanas de idade foram alocadas em 2 grupos, um grupo recebeu a dieta hipercalórica (DHC) ou dieta normocalórica (DNC) por 90 dias. Após esse período, as fêmeas foram submetidas ao cruzamento e acompanhadas quanto ao consumo de ração e peso durante a pré, pós-concepção e lactação. A prole foi mantida com a mesma dieta das mães depois do desmame e até o dia pós-natal 31 (DPN31). A geração F1 de fêmeas foi subdividida em 4 grupos distribuídos em: G1 e G2, sendo que ambos ingerirem DNC e receberam duas doses de DMH (20 mg/kg) (DPN28 e DPN31); o G2 recebeu ainda uma dose diária de CAR (250 mg/kg) por 10 dias (DPN21 ao DPN31). Os grupos G3 e G4 receberam a DHC e duas doses de DMH (20 mg/kg) (DPN28 e DPN31) e o G4 recebeu também a CAR (250 mg/kg), por 10 dias (DPN21 ao DPN31). Em seguida, os animais foram eutanasiados (DPN32) e a mucosa colônica foi coletada para análise de alturas de criptas, himunohistoquímica, atividades antioxidantes e de expressão gênica, além de amostras de sangue para avaliação de glicose, triglicerídeos e colesterol. Observou-se diminuição de consumo de DHC em animais durante o período de pré, pós e lactação. Animais que receberam CAR, que foram os grupos G2 e G4 tiveram os níveis de colesterol e triglicerídeos normalizados. Do ponto de vista morfológico foi observado uma redução nas alturas médias das criptas colônicas do grupo G2 e G3, comparadas ao G1 e recuperação das alturas das criptas do grupo tratado com CAR associado à DHC (G4). O G2 teve uma diminuição dos níveis de proliferação celular (Ki-67). Quando avaliada a dosagem de glutationa oxidada (GSSG) na mucosa colônica observou-se uma diminuição no grupo que recebeu DHC+CAR (G4) em comparação ao grupo DHC (G3). Com base nos resultados de análises gênicas identificamos o cluster de proteínas com vias fortemente enriquecidas nas comparações realizadas e a participação de genes na via de câncer colorretal. Conclui-se que a ingestão de DHC materna e no período juvenil causou alterações na altura das criptas intestinais, estresse oxidativo e perfil bioquímico e de expressão gênica da mucosa colônica após insulto agudo da DMH. O tratamento da prole de fêmeas com a carnosina contribuiu para redução de respostas da predisposição à obesidade e doenças metabólicas, através da resposta antioxidante e diminuição de vias inflamatórias, reduzindo os efeitos citotóxicos de DMH e efeitos de alterações causadas pela ingestão materna de DHC |