Potencial terapêutico de células estromais mesenquimais multipotentes caninas na encefalomielite autoimune experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Olbera, Alisson Vinícius Gimenes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257562
Resumo: A encefalomielite autoimune experimental (EAE) é um modelo pré-clínico para estudos e testes terapêuticos de doenças neuroinflamatórias, refletindo condições como a esclerose múltipla em humanos (EM) e a meningoencefalomielite de origem desconhecida (MUO) em cães. A EM e a MUO são condições autoimunes que afetam o sistema nervoso central (SNC), causando neuroinflamação, desmielinização e neurodegeneração. O tratamento desses pacientes geralmente envolve o uso de imunomoduladores e imunossupressores, visando reduzir os sintomas. As células estromais mesenquimais multipotentes (MSCs) têm despertado interesse crescente na pesquisa de doenças neuroimunes devido às suas propriedades imunomoduladoras e regenerativas. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia terapêutica das MSCs derivadas de tecido adiposo canino (cAT-MSCs), no modelo experimental de EAE em camundongos divididos em grupo não imunizado (n=2), EAE (n=6) e EAE+cAT-MSC (n=6) tratados no 7º dia pós-indução (DPI 7) com uma única dose intravenosa de 3x105 cAT-MSCs. Foram realizadas análises diárias de peso, escore clínico e de marcha até o DPI 29 e imunofluorescência da medula espinhal com marcadores GFAP, Iba1 e Sinaptofisina. O grupo EAE+cAT-MSCs apresentou retardo no início dos sinais clínicos, menor variação de marcha em membros pélvicos e uma cobertura sináptica maior que o grupo EAE (p<0,05). Não houve diferença na variação de peso, na população glial, e na variação na análise de marcha em membros torácicos entre os grupos EAE e EAE+cAT-MSCs. Nossos resultados demonstram que a terapia com cAT- MSCs no DPI 7 retarda o início da doença clínica, e apresenta efeitos relacionados à manutenção da cobertura sináptica dos motoneurônios.