Avaliação do padrão de acetilação das histonas H3 e H4 e expressão das enzimas HDAC1, HDAC2 e HDAC6 em tumores mamários de cadelas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Senhorello, Igor Luiz Salardani [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194509
Resumo: Modificações epigenéticas assumiram importância na patogênese do câncer a partir de pesquisas que mostraram que mudanças na expressão de proteínas associadas ao DNA podem afetar a expressão gênica e podem ser reversíveis após tratamento. As modificações nas histonas vêm sendo estudas em larga escala na medicina, particularmente no câncer de mama. O presente estudo será apresentado em três capítulos. No primeiro, descreveremos mecanismos epigenéticos e suas implicações no câncer, apontando estudos já realizados na medicina e na veterinária. No segundo capítulo serão apresentados os resultados da expressão das histonas acetiladas H3 e H4 e das enzimas desacetilases 1, 2 e 6 em tecidos mamários caninos tumorais e sadios, a fim de comparar possíveis alterações por expressão dessas proteínas. No terceiro capítulo serão apresentados os resultados da expressão apenas em carcinomas mamários simples de cadelas e sua associação com fatores prognósticos. A imuno-histoquímica foi empregada com o intuito de se pesquisar a expressão das proteínas e a validação dos anticorpos foi conseguida pela técnica de Western Blot em linfonodo canino. Os resultados de expressão imuno-histoquímica foram avaliados semiquantitativamente, levando-se em consideração a intensidade de marcação e a porcentagem de células marcadas. Para análise estatística univariada utilizaram-se os testes de Kruskal Wallis, qui-quadrado e o teste exato de Fischer com nível de significância de 5%. Para determinar o comportamento e associação das histonas e das enzimas HDACs dentro e entre os grupos foram utilizadas estatísticas multivariadas. Especificamente no capítulo dois, houve diferença na expressão das histonas acetiladas e enzimas desacetilases entre os grupos experimentais (p<0,05), com menor acetilação de H3 (H3K9Ac) em carcinomas mamários em relação ao tecido mamário normal, além disso, houve menor expressão de HDAC1 e HDCA2 em tecidos mamários neoplásicos em relação ao tecido normal (p<0,05). Em contrapartida, a HDAC6 foi mais expressa em tecidos mamários neoplásicos (p<0,05). Não houve diferença na expressão de H4 acetilada (H4K12Ac) entre os grupos (p>0,05). Pela análise multivariada houve associação positiva entre a expressão de HDAC1 e HDAC2 e associação negativa entre a expressão de H3K9Ac e HDAC6. No capítulo três foi observada associação entre a baixa expressão de HDAC1 e presença de metástase em linfonodos (p=0,035), e alta expressão de HDAC1 associou-se a fatores prognósticos favoráveis pela análise multivariada. Ainda pela análise multivariada a baixa expressão de HDAC6 apresentou relação com baixa expressão de Ki67 e com tumores de menor tamanho, apresentando relação com fatores de melhor prognóstico. A partir desse estudo foi possível observar alterações epigenéticas em tecidos neoplásicos mamários e que existe relação com fatores prognósticos. Além disso, a alta expressão de HDAC6 pode justificar a hipoacetilação de H3 observada em tecidos neoplásicos. Esses resultados abrem perspectivas futuras para novos estudos que confirmem essas alterações e estimulam o desenvolvimento de terapêuticas alvo no tratamento do câncer mamário em cadelas.