Estratégias de persistência e regeneração em campo sujo de Cerrado após o fogo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Zupo, Talita Marques [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150988
Resumo: Em ambientes onde ocorre o fogo, as espécies de plantas podem regenerar via rebrote, semente ou através de ambas as estratégias. Os mecanismos de regeneração são favorecidos ou limitados tanto pelas condições ambientais (produtividade e disponibilidade de recursos) quanto pelo regime de queima, incluindo sua frequência e época. Assim, o objetivo principal desta tese foi investigar a regeneração pós-fogo de espécies de uma comunidade de campo sujo de Cerrado localizada na Reserva Natural Serra do Tomabdor (Goiás). Avaliamos o papel da regeneração via rebrote e via semente e procuramos avaliar os fatores que estão envolvidos no rebrote das plantas após serem submetidas a diferentes tipos de distúrbio, e distúrbios que ocorreram em diferentes frequências e épocas do ano, visto que tanto o tipo do distúrbio quanto a época e a frequência em que ele ocorre podem afetar a regeneração das plantas. Verificamos que o rebrotamento é a principal estratégia de regeneração pós-fogo, ocorrendo principalmente a partir de gemas localizadas em estruturas subterrâneas que estão altamente protegidas pelo solo, e que o recrutamento via semente tem um papel pequeno na regeneração. No entanto, a tolerância das sementes a altas temperaturas é uma característica importante que permite o recrutamento quando as condições ambientais forem favoráveis. Também verificamos que as respostas pós-fogo, relacionadas tanto com o rebrote como com a floração, estão relacionadas com a disponibilidade de recursos no ambiente pós-fogo. A regeneração mais devagar das plantas queimadas no inicio da estação seca está provavelmente relacionada com o maior número de meses que estas plantas foram sujeitas a déficit hídrico, sendo que, após a estação chuvosa, as plantas queimadas nas diferentes épocas do ano apresentaram tamanhos similares. A regeneração após três queimas consecutivas não foi diferente da regeneração após queimas com intervalos maiores, sugerindo que a quantidade de reservas armazenadas não foi um fator limitante. Além disso, o fogo induziu a floração das espécies em relação a plantas não queimadas, sugerindo que o fogo é um fator importante na reprodução das espécies.