Eu, uma professora de matemática em jornada narrativa em busca de meus eus-professores em autoformação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Brião, Gabriela Félix [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150911
Resumo: Esta é uma pesquisa insubordinada criativa, na qual, a partir de minhas narrativas de vida entrelaçadas, é construído um enredo que conta como eu, uma professora de matemática e formadora de professores de matemática, chego a tornar-me uma professora, formadora, além de uma pesquisadora em Educação Matemática. Como uma pesquisa narrativa autobiográfica, o trabalho apresenta características fortemente ligadas a pesquisa qualitativa. Durante a investigação sobre meus processos (auto)formativos e identitários, enquanto sujeito da experiência, analiso diversos episódios críticos, ao longo do texto, que apresentam indício de contradição viva e/ou insubordinação criativa para compor o corpo investigativo desta tese. Alguns destes momentos foram identificados a partir de falas áudio gravadas em um curso de extensão, outros foram aprofundados com as intervenções de companheiros de jornada que experienciaram o texto narrativo junto comigo, me auxiliando na produção de si. É característico desta jornada narrativa, que esta produza significados a partir de diversos artefatos tais como, livros, textos, filmes, músicas, e-mails, provas e fotos que sejam relevantes para as experiências consideradas no livro. Com todos esses elementos em mão, pude construir um texto dividido em duas partes: a parte principal, que forma um livro para professores e, paralelamente, inúmeras notas de rodapé, que contam uma história mais acadêmica, na qual analiso o que está sendo dito no livro. Foi utilizado o percurso metodológico, além de um cuidado ético, para tratar a trama narrativa e a análise de minha história. Com este trabalho, quero encorajar outros professores, que são silenciados cotidianamente, a narrarem suas histórias, iniciando, assim, um processo poderoso de reflexão. Neste momento, nesta escrita, como professora de Matemática e formadora de professores, eu sou cada um deles, em um movimento de autoformação a partir de uma narrativa autobiográfica. Com a pesquisa, pretendo mostrar quão singular pode ser esta experiência de formação e como esta quebra o paradigma de uma formação técnica do professor, cristalizada em conteúdos, para uma relação mais humanizada entre os aprendizes e professores junto ao que aprendem. Este trabalho vem adicionar conhecimento, com uma postura epistemopolítica, sobre a formação de professores de matemática, a partir da produção de significados das experiências de uma formadora de professores.