Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1988 |
Autor(a) principal: |
Lima, José Joacylio Moreira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/260784
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Resumo: |
Com o objetivo de estudar a evolução das alterações clínicas, morfológicas hepáticas e angiográficas do sistema venoso porta de ratos normais submetidos à anastomose portocava, pelo período de até seis meses, foram empregados 135 animais do sexo masculino, com peso médio de 242 gramas, distribuídos em dois grupos experimentais, assim caracterizados: grupo-controle (41 ratos submetidos à operação simulada) e grupo anastomose porto-cava (72 ratos submetidos à anastomose porto-cava terminolateral). O restante dos animais destinou-se à padronização da técnica da esplenoportografia e estudos anatômicos. Na avaliação clínica foram considerados os seguintes atributos: peso corporal, ingestão alimentar, 100 g de peso corporal, ingestão hídrica, 100 g de peso corporal e diurese, 100 g de peso corporal. O estudo angiográfico foi realizado por meio da esplenoportografia seriada pós-morte, utilizando-se como substâncias de contraste Hypaque a 75% e massa de Schlesinger. O exame anatomopatológico foi efetuado através de microscopia óptica, comparando-o com os achados radiológicos, determinando-se, também, a relação peso do fígado/ peso corporal. As taxas de mortalidade foram de 17% e 55,5%, respectivamente, para os grupos controle e anastomose porto-cava. O desvio do sangue portal para a circulação sistêmica ocasionou importantes efeitos clínicos no rato, ao longo dos seis meses de experimento, caracterizados pela perda de peso corporal e diminuição na ingestão alimentar no primeiro mês após a cirurgia, aumento da ingestão hídrica e diurese, além da ocorrência de litíase urinária e atrofia testicular. As complicaçãos pós-operatórias que causaram óbitos nos animais com fístula de Eck foram trombose oclusiva ao nível da anastomose porto-cava, obstrução uretral litiásica e infecção pulmonar. A esplenoportografia seriada pós-morte possibilitou a realização de estudos anatomorradiológicos pormenorizados do sistema venoso porta do rato. Obtiveram-se melhores resultados quando se utilizou Hypaque a 75% como material de contraste, do que a massa de Schlesinger. Das 26 esplenoportografias analisadas dos ratos com fístula de Eck, em 15 (57,6%) a anastomose porto-cava encontrava-se pérvia, sem estenose e evidências de nenhum tipo de irculação colateral. Verificou-se estenose de grau variável da anastomose venosa em 7 angiografias (26,9%) e, em outras 4 (15,3%), demonstrou-se oclusão desta. Observou-se desenvolvi mento de vasos colaterais em 6 esplenoportografias (23%), nas quais a anastomose venosa encontrava-se estenosada ou ocluída. Quanto ao tipo de circulação colateral, detectou-se vasos colaterais porto-sistêmicos em seis angiografias e em apenas um exame verificou-se a formação de vasos colaterais porto-hepáticos. A fístula de Eck ocasionou importantes efeitos anatomopatológicos no fígado do rato, caracterizados pela diminuição da relação peso do fígado/ peso corporal, atrofia dos hepatócitos centrolobulares e aumento do volume das células hepáticas em localização periportal. Estas alterações foram mais evidentes no 3º mês após a cirurgia, apresentando tendência à regressão no 6º mês do pós-peratório. |