Ópera inglesa do século XVIII em debate: os vários sentidos do conceito de imitação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lopes, Rodrigo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183478
Resumo: Este trabalho tem como objetivo discutir os vários sentidos do conceito de imitação relacionados à ópera inglesa do século XVIII. Através do exame de textos britânicos do século XVIII quanto à estética musical e de teóricos como Thomas Rymer, John Dennis, Thomas Twining, dentre outros, que se referiram à imitação e expressão em música, nos perguntamos: quais concepções imitativas e modelos miméticos foram de uso corrente na Inglaterra daquele período? De que modo as teorias imitativas foram estabelecidas e utilizadas como critério de julgamento estético para a ópera e porque esse critério foi visto com ressalvas por autores como Daniel Webb e John Hawkins? O que podemos derivar dos ataques e defesas feitos a elas? Em que medida a Inglaterra dialoga (ou não) com a França sobre esse problema? Para responder a essas questões, consideramos o modo como a música, a ideia de natureza e razão foram compreendidas no século XVIII, e como essa compreensão atuou na concepção estética da música. Procurou-se seguir a trajetória da imitação como prerrogativa para a execução da ópera, e como ela se perdurou no decorrer desse século, mesmo em meio às polêmicas e à instauração da ideia de expressão em música, que trouxe possibilidades autônomas para a música, tornando-se independente das teorias imitativas em música. Os resultados a que se chegou foram que a estética musical vinculada aos sentimentos como critério de gosto e de valoração da música a partir da expressão musical foi suplantando o poder das teorias imitativas, fazendo com que a música se adaptasse aos sentimentos do ouvinte e não mais este se adaptando a sentimentos predeterminados pelas teorias imitativas em música.