Adaptações na junção neuromuscular de ratos Wistar submetidos ao alongamento estático e exercício resistido: análises morfológicas, moleculares e funcionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Jacob, Carolina dos Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204994
Resumo: Este trabalho busca descrever as diversas adaptações no ventre muscular e na região pós-sináptica da junção neuromuscular (JNM) frente ao alongamento estático prévio e a sua combinação ou não com as diferentes modalidades de treinamento resistido. Foram utilizados 60 ratos Wistar machos com 60 dias de idade divididos em 6 grupos: Controle (C); Alongamento (AL); Escada Vertical (EV); Escada Vertical com Sobrecarga (EVS); Alongamento + Escada Vertical (AEV); Alongamento + Escada Vertical com Sobrecarga (AEVS). O protocolo de alongamento estático consistiu em aplicação manual de dorsiflexão até o limite da amplitude de movimento da articulação talocrural. No protocolo de treinamento resistido dos Grupos EV e AEV, foi utilizada uma escada vertical onde os animais realizaram 24 sessões de treinamento durante 8 semanas, cada sessão consistindo em 9 escaladas. Os Grupos EVS e AEVS realizaram o mesmo protocolo, porém com adição de sobrecarga progressiva. Foram obtidos dados funcionais de tempo, movimento e trabalho realizado em cada sessão, a massa corporal e muscular. Após a eutanásia dos animais, foram coletadas e processadas as amostras dos músculos sóleo e plantar para as técnicas de microscopia de luz, histoquímica e imunomarcação (α-bulgarotoxina). A análise funcional revelou redução do tempo para EV, EVS e AEV, de movimento para EV e AEV, e de trabalho em EVS≠EV e AEVS≠AEV. Houve diferença na massa corporal apenas entre AEV≠AEVS. O músculo sóleo apresentou diferença em sua massa entre C≠AEV e AL≠AEV, enquanto o músculo plantar entre C, AL≠AEV e EV≠AEV. A região pós-sináptica do sóleo revelou redução da área total e corada, bem como no perímetro total e corado em EV e AL, redução no número de clusters e fragmentação em AL e AEVS, enquanto a dispersão de AEVS apresentou maiores valores. No plantar, o aumento da área total e corada possui uma relação direta com o aumento da intensidade do exercício, onde EVS apresentou maior valor e, o alongamento prévio revelou ser um fator moderador. Concluímos que o treinamento em escada vertical e o tipo miofibrilar resultam em diferentes efeitos na atividade morfológica do tecido músculo-esquelético e na região pós-sináptica, onde as adaptações de trabalho e hipertrofia muscular são diretamente proporcionais a intensidade do exercício físico. O alongamento prévio a exercícios menos intensos resultou em adaptações semelhantes na JNM do sóleo causadas pelo treinamento com sobrecarga, enquanto o alongamento prévio em ambos os protocolos de escada vertical reduziu a área corada e total da região pós-sináptica do plantar.