Tectona grandis L.f.: patologia de frutos, patogenicidade e epidemiologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Delmadi, Leila Cristiane
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152751
Resumo: A espécie florestal Tectona grandis (Teca) é nativa do sudeste asiático, possui grande porte, rápido crescimento, produtora de madeira nobre e valorizada por sua beleza, resistência e durabilidade. No Brasil, surgiu como uma alternativa substituta a outras espécies, como o mogno (Swietenia macrophylla) e a cerejeira (Torresea acreana). A presente pesquisa teve como objetivo investigar a condição fitossanitária da teca em frutos e, testar a resistência de três diferentes clones à doenças fúngicas. Os objetivos específicos foram: i) avaliar frutos de teca de 3 procedências (Alta Floresta/MT, Cáceres/MT e Botucatu/SP) quanto a presença de patógenos; ii) testar a resistência de 3 clones (S0, S1 e S3) de T. grandis aos patógenos: Olivea tectonae, Fusarium oxysporum e Ceratocystis fimbriata em condições controladas; iii) elaborar uma escala diagramática com folhas adultas de T. grandis, para avaliação da ferrugem causada pelo fungo O. tectonae; iv) testar a resistência de 3 clones de teca (S0, S1 e S3) à doenças fúngicas em plantio de campo. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Patologia Florestal - FCA/UNESP-Botucatu e também na Fazenda Experimental da UNESP em São Manoel/SP. Como resultados para o teste com frutos, obteve-se: Procedência Alta Floresta/MT, 13,33% de Aspergillus sp.; 3,33% de Colletotrichum sp. e Alternaria sp.; 1,66% de Septoria sp. e Penicillium sp.. Para os frutos procedentes de Cáceres/MT, 61,66% para o patógeno Fusarium sp., 8,33% com Penicillium sp., 1,66% com Arthrosporium sp. e Cunninghamella sp. Quanto a procedência Botucatu/SP, 21,66% com Aspergillus sp., 23,33% com Alternaria sp., 8,33% com Fusarium sp., 10% com Penicillium sp., 5% para Nigrospora sp. e 3,33% com Ovularia e Humicola. O experimento em condições controladas, com o fungo Olivea tectonae foi realizado com a pulverização de uma suspensão de esporos em concentração de 2,42 x 105 urediniósporos/mL-1. Observou-se que o período latente foi de 5 dias e, na análise de severidade o clone S0 apresentou um número de 59,4 pústulas/3cm², S1 com 86,6 e S3 com 88,1 pústulas/3cm². A inoculação dos fungos Fusarium oxysporum e Ceratocystis fimbriata foi feita com a introdução de um disco de cultura micelial em uma abertura feita no caule da planta a 10 cm do colo. Com a inoculação do F. oxysporum os resultados médios das lesões encontradas no caule, foram: S0 com 8,25 cm, S1 com 8,77 cm e S3 com 11,25 cm de lesão. Já com a inoculação do C. fimbriata as médias das lesões se deram, conforme segue: S0 com 13,2 cm, S1 com 15,3 cm e S3 com 14,8 cm de lesão. Não houve diferença significativa entre as médias nos clones testados. Para a elaboração da escala diagramática, foram determinados 7 níveis de severidade em função da distribuição da amostra para as folhas adultas (N0 = 0%; N1 = 2,5%; N2 = 5%; N3 = 10%; N4 = 20%; N5 = 40% e N6 = 80%). Com a adoção da escala proposta, a totalidade dos avaliadores apresentou melhor precisão, com R² = 0,93 em comparação ao resultado obtido sem o uso da escala (R² = 0,88). O plantio em campo se deu com a introdução de 4.274 mudas de teca, divididas em 3 clones distintos (S0, S1 e S3). Foram identificadas as doenças fúngicas com ocorrência natural, ferrugem e cancro, causadas respectivamente, pelos fungos: O. tectonae e Neofusiccocum parvum. Não houve diferença estatística entre os clones para nenhum dos patógenos avaliados. Conclui-se com isso, que nas condições em que foi instalado o experimento, os clones testados não apresentaram resistência horizontal as doenças acima descritas.