Os vínculos afetivos de adolescentes acolhidas: explorando diferentes contextos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Romeiro, Joyce Borges [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150343
Resumo: Considerando a importância do afeto e do vínculo para o desenvolvimento emocional e, entendendo que o afeto é a capacidade do indivíduo estabelecer relações nas quais se criam vínculos, resultante da interação com o meio em que está inserido, esta pesquisa teve como objetivo estudar os vínculos afetivos nos diferentes contextos por onde o adolescente acolhido permeia, ou seja, família, abrigo, escola e grupo de amigos, buscando a compreensão de como esses vínculos são mantidos e/ou expandidos. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados, questionários, roteiros de entrevista e a técnica do modelo esquemático do tapete. Participaram desta pesquisa três adolescentes que estavam acolhidas em um abrigo institucional, suas mães, uma avó e uma tia materna. No contexto do abrigo, participaram a coordenadora da instituição, a psicóloga e uma auxiliar de educadora. Do contexto escolar foram entrevistadas uma vice-diretora, uma coordenadora pedagógica e uma professora coordenadora. Por se tratar de uma pesquisa qualitativa, a análise foi realizada através de estudo de caso. A adolescente Yanca manteve os vínculos afetivos com a mãe, os irmãos e os avós e com os amigos. Seus vínculos foram expandidos no contexto do abrigo e da escola. Evelyn também manteve seus vínculos com a mãe, irmão e tios. No contexto do abrigo pode expandir suas relações afetivas com funcionários e acolhidos. No contexto escolar seus vínculos foram mantidos com professores e colegas. A adolescente Elisa manteve seus vínculos no contexto familiar com a mãe e os irmãos. No contexto do abrigo teve a oportunidade de expandir seus vínculos e no contexto escolar e com o grupo de amigos, os vínculos afetivos foram mantidos. Ao final da pesquisa foi possível constatar que os vínculos afetivos familiares das adolescentes foram mantidos e novos vínculos puderam ser construídos. Por outro lado, no caso das três participantes da pesquisa, conclui-se através da análise dos dados que, em dois deles, não havia necessidade de a adolescente ser retirada da família natural e colocada no abrigo, uma vez que a família extensa poderia acolhê-las. Destaca-se a importância de treinamento dos Conselheiros Tutelares para respeitar o ECA e retirar a criança ou adolescente da família, natural ou extensa, somente em casos de extrema necessidade.