Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Queiroga, Thereza Lemos de Oliveira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151238
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Resumo: |
Introdução: a mitomicina C (MMC) é um antibiótico natural utilizado inicialmente como um agente anti neoplásico. Nas vias aéreas sua aplicação promove a inibição da proliferação de fibroblastos em áreas cicatriciais. Objetivo: avaliar a efetividade e segurança da MMC tópica no tratamento conservador das estenoses laringotraqueais. Método: revisão sistemática de estudos experimentais ou observacionais que tenham avaliado as intervenções conservadoras no tratamento das estenoses laringotraqueais com o uso da MMC tópica. Foram pesquisadas as bases de dados LILACS, Pubmed, Embase, Cochrane e Web of Science. Os desfechos avaliados foram: resolução completa ou parcial, caracterizada por tempo livre de sintomas maior ou igual um ano; número de procedimentos necessários com ou sem aplicações de MMC (um ou mais); e complicações decorrentes do procedimento. Resultados: foram selecionados 14 estudos, um prospectivo randomizado, um caso-controle e doze series de casos, envolvendo 365 pacientes. Em 10 estudos a intervenção sempre contou com a utilização de MMC e em quatro foram analisados dois grupos um com MMC, e outro sem. Com o uso da MMC a resolução avaliada em 11 estudos, foi de 69% (IC a 95% 61% a 77%, I2= 22,5%). Sem MMC a resolução avaliada em somente três estudos, foi de 43% (IC a 95% 17% a 70%, I2= 59,3%). Foi realizado um único procedimento em 55% dos pacientes (IC 95% 44 a 66%, I2= 52,3%), e em 45% dos pacientes foi realizado mais de um procedimento (IC 95% 34 a 56%, I2= 52,3%). As complicações foram relatadas em somente oito estudos e estas não foram especificas do procedimento, mas sim também relacionadas à doença, como a necessidade de traqueostomia e infecção fúngica. As complicações decorrentes da intervenção também não são especificas devido ao uso da MMC, mas da própria dilatação da via aérea, como enfisema subcutâneo, disfonia, laceração ou paralisia de prega vocal e obstrução aguda da luz. A metanálise revelou 7% de complicações (IC 95% 2 a 16%, I2= 77%). Conclusões: há evidência de moderada qualidade de que a MMC é efetiva no tratamento das estenoses laringotraqueais, mas apesar da probabilidade de resolução ser alta nos casos onde a MMC é aplicada, não podemos afirmar que é mais efetiva do que nos casos onde não foi utilizada a MMC devido a pobreza de estudos comparando as intervenções com e sem MMC. |