Imagem mental e aprendizagem: um estudo de caso do atletismo da UNESP/Rio Claro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Bruna Feitosa de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/210954
Resumo: A mentalização consiste em simular uma ação mentalmente, buscando vivenciar as experiências sensoriais deste momento. Esta prática é amplamente divulgada no esporte e sua aplicação pode trazer inúmeros benefícios para modalidades técnicas como o atletismo. Além disso, atualmente estão disponíveis diversas tecnologias para auxiliar no treinamento de habilidades psicológicas, como por exemplo os vídeos. Os objetivos desta pesquisa foram: 1) analisar se uma intervenção focada em mentalizações baseadas no modelo PETTLEP pode aprimorar a capacidade de mentalizar; 2) verificar se os vídeos auxiliam neste processo. Participaram deste estudo 18 atletas universitários de atletismo e ele ocorreu em três etapas. Na 1ª etapa, sucedeu-se a pesquisa bibliográfica, que forneceu aporte teórico para a pesquisa. Na 2ª etapa, sucedeu-se o período de intervenção, que foi subdividido em três fases. Na primeira fase, dividiu-se aleatoriamente os 18 participantes em três grupos distintos: Grupo Controle (C), Grupo Intervenção sem Tecnologia (IS) e Grupo Intervenção com Tecnologia (IT). Nesta fase também foi aplicado o Sport Imagery PETTLEP Inventory (SIPI) em todos os participantes e realizou-se o teste de desempenho com todos os grupos. Na segunda fase iniciou-se o treinamento de mentalização por um período de 6 semanas, três vezes na semana, realizados no início ou no final dos treinos. Durante esta fase foram registrados no diário de campo os relatos dos atletas logo após cada um dos treinos de mentalização. Na terceira fase, foi aplicado novamente o Sport Imagery PETTLEP Inventory (SIPI) a fim de verificar se a habilidade de mentalizar foi aprimorada após um período de treinamento e se houve diferença entre praticar a mentalização com ou sem tecnologia. Além disso, foi realizado mais uma vez o teste de desempenho com todos os grupos e sucedeu-se uma entrevista semiestruturada com os grupos de intervenção a fim de captar as percepções dos atletas acerca do treinamento desta habilidade. Na 3ª etapa, foram analisados e comparados todos os dados obtidos previamente. Com dados das respostas do Sport Imagery PETTLEP Inventory (SIPI) foram calculados dois tipos de escores: medida global e por categoria. A partir destes escores foi calculada a média, desvio padrão e diferença percentual entre os valores pré e pós intervenção. Este mesmo cálculo foi realizado nos testes de desempenho. Já para os dados obtidos dos diários de campo e entrevistas, foi aplicada a técnica de análise de categorias de codificação. A partir dos resultados identificamos que o grupo IT apresentou maiores médias em quase todas as medidas (global ou por categoria) e o grupo IS apresentou maiores variações percentuais em quase todas as medidas (global ou por categoria), indicando que o grupo IT apresentou maior habilidade de mentalizar e homogeneidade enquanto grupo, apesar de o grupo IS possuir maiores médias ao final do treinamento. Ambos grupos de intervenção se sobressaíram ao grupo C. No teste de desempenho, o grupo C apresentou a maior média, seguido do grupo IT e IS, respectivamente. Os diários de campo e entrevista indicam que o maior benefício encontrado pelos participantes foi a utilização da mentalização na aprendizagem.