Comparação temporal do perfil de resistência in vitro aos antimicrobianos em isolados de Salmonella spp. de carne de frango entre 2004 – 2020.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Caron, Evelyn Fernanda Flores
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/210911
Resumo: Salmonella spp. é um dos principais agentes causadores de doenças de origem alimentar no Brasil e no mundo e seu controle é um desafio para a saúde pública. Devido à alta capacidade de transmissão, a presença deste patógeno em animais criados para fins industriais causa grandes perdas econômicas, principalmente no comércio de carne de aves; além de ser prejudicial à saúde humana. Antimicrobianos são ferramentas amplamente utilizadas na tentativa de amenizar os riscos de aparecimento e disseminação de doenças no ambiente de produção, além de, na produção avícola, serem utilizados como promotores de crescimento. Entretanto, o uso prolongado e de maneira indiscriminada pode proporcionar o aparecimento de cepas bacterianas resistentes. Deste modo, o presente estudo teve como objetivo avaliar in vitro o perfil de resistência aos antimicrobianos em isolados de Salmonella spp. de carcaças e cortes de frango nos anos de 2004, 2005 e 2006 “antigos” (n= 63) e 2019 e 2020 “atuais” (n=24) pertencentes a bacterioteca do Serviço de Orientação à Alimentação Pública (SOAP – UNESP, Botucatu - SP). Previamente ao estudo de perfil de resistência, os isolados foram submetidos à confirmação molecular por meio da PCR em tempo real para detecção do gene invA. Posteriormente, os isolados foram submetidos ao teste de perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos pelo método de disco difusão. Dos 63 isolados antigos, nenhuma apresentou resistência aos antibióticos testados. Dos isolados novos, 22 (91,66 %) apresentaram resistência a ao menos um antimicrobiano testado e 18 destes foram considerados multidroga resistente. O perfil fenotípico de resistência mais prevalente foi ceftazidima-cefoxitina-ampicilina-tetracilina 72,72% (16/22), seguido por tetraciclina 18,18% (4/22), ceftazidima-cefoxitina-ampicilina 4,54% (1/22) e ceftazidima-cefoxitina-ampicilina-cloranfenicol-tetracilina 4,54% (1/22). Dos 18 isolados multidroga resistente, 83,33 % (15/18) foram positivas para ESBL. O dendrograma obtido da comparação do perfil de resistência de isolados antigos e novos, resultou em três grandes clusters, com destaque para o primeiro formado por isolados novos e multirresistentes com similaridade de 80 – 82%. A alta taxa de resistência em isolados novos demonstra que a resistência aos antimicrobianos é crescente com o passar dos anos, sendo assim, é necessário desenvolver ações para monitorar a resistência a antimicrobianos relacionados à carne de frango.