Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Rosária Cristina Costa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/91557
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Resumo: |
A Revolução Francesa redefiniu vários campos, até mesmo os semânticos, e contribuiu para a formação do mundo contemporâneo de maneira extremamente ampla. Em Quatrevingt-treize (1874) de Victor Hugo (1802-1885), temos, por meio de uma visão finissecular e romântica, a composição literária de espaços rebeldes e monárquicos. Tal composição faz completude ao intento de se re-escrever a História da Revolução Francesa, materializado nesse derradeiro romance hugoano. Trata-se de um romance histórico tradicional, segundo Georges Lukàcs (1936), representante de uma leitura pouco comum dos acontecimentos e que busca resgatar os valores e ideologias latentes não no momento da escritura, mas sim naquele que se tenta registrar por meio da mescla de personagens históricos e fictícios em meio a tempo e espaços realmente existentes. Em relação à totalidade da obra hugoana, mostra-se como o último romance produzido pelo autor, embora possua muitas características em comum com a obra Notre-Dame de Paris (1831). Durante a leitura da obra, somos assaltados pela surpresa de uma narração da resistência ao progresso revolucionário em 1793: 'a pequena guerra da Vendéia', um espaço eminentemente monarquista e feudal, oposto àquele da revolucionária Paris. Logo, Victor Hugo, ao colocar como tema de sua obra a Revolução Francesa, dialoga com o Romantismo, ora por meio da temática tipicamente nacionalista ora pelos aspectos constitutivos do texto (caracterização das personagens, abundante adjetivação, etc.). Ao darmos atenção ao período da escritura do livro, vemos, em 1871, o escritor francês que, ao retornar do exílio, encontra seu país em uma guerra civil causada pelo descontentamento contra o governo e a população revoltada contra a Revolução que prometera Liberdade, Igualdade e Fraternidade a todos, além de uma guerra externa contra a Prússia. |