Arquitetura estratigráfica da formação Romualdo, pós-rifte da Bacia do Araripe, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Custódio, Michele Andriolli [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150669
Resumo: Os eventos geológicos relacionados à abertura do Oceano Atlântico Sul influenciaram profundamente o registro sedimentar da Bacia do Araripe. A Formação Romualdo, unidade superior do Andar Alagoas (neo-Aptiano a eo-Albiano), registra a ingressão marinha no interior do Nordeste do Brasil. A arquitetura estratigráfica desta unidade é crucial para entender a paleogeografia do Gondwana e como o Proto-Oceano Atlântico alcançou o interior do Nordeste do Brasil durante o Cretáceo. A Formação Romualdo constitui um completo ciclo transgressivo-regressivo limitado por duas discordâncias regionais. Na parte leste da bacia, a sequência deposicional da Formação Romualdo compreende depósitos marinhos marginais do trato de sistemas de mar baixo sucedidos por depósitos marinhos rasos com a superfície de máxima inundação marcada poucos metros acima do intervalo, correspondendo ao limite superior do trato de sistemas transgressivo. Outro nível de registro da ingressão marinha corresponde a um intervalo superior com camadas de coquinas e calcários coquinoides preservando fósseis de invertebrados, o qual integra o trato de sistemas de mar alto. Sucedendo a ingressão marinha, uma incompleta sucessão regressiva de fácies marinhas marginais registra o retorno de ambientes continentais na bacia. A arquitetura estratigráfica baseada na correlação de várias seções define geometria em forma de cunha com o mergulho deposicional para sul/sudeste, e diminuição de espessura em direção a noroeste, com áreas fontes localizadas a norte e nordeste da bacia. A geometria em forma de cunha e as medidas de dados de paleocorrentes indicam também onlap costeiro para NNW. Neste contexto a ingressão marinha teria alcançado a Bacia do Araripe a partir de SSE.