Avifauna da Ilha Queimada Grande, SP: diversidade, estrutura trófica e sazonalidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Montanhini, Arthur Macarrão [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/87563
Resumo: Pouco se sabe sobre comunidades em ilhas, mas a Teoria de Equilíbrio de Biogeografia de Ilhas tem sido utilizada para interpretar a organização das mesmas. No Brasil, são escassos os estudos com aves em ilhas, sendo em sua maioria voltados às aves marinhas e usualmente restritos a levantamentos. A Ilha da Queimada Grande já foi alvo de diversos estudos, principalmente sobre a jararaca-ilhoa (Bothrops insularis) espécie endêmica e que se alimenta basicamente de aves. Entretanto, há poucas informações sobre a avifauna que ocorre na ilha. Os objetivos desse trabalho foram: (1) descrever a riqueza de espécies e estrutura trófica da comunidade de aves presentes na ilha; (2) verificar se existem variações sazonais na riqueza e abundância de aves e (3) comparar a diferença na composição e abundância relativa de espécies na ilha em relação ao continente. Foram realizadas seis expedições a campo com duração de cinco dias cada. A amostragem foi feita em pontos fixos ao longo de um transecto em trilha que atravessa a ilha. Um total de 63 espécies foi registrado. Houve variação no número de espécies, número de registros e diversidade entre as campanhas, sendo que riqueza foi maior nas campanhas do período seco. Isso ocorreu principalmente em função das espécies migratórias, sendo que estas são quase ausentes no período chuvoso, que corresponde ao período reprodutivo das aves da região. A guilda dos onívoros foi a mais representativa em número de espécies, ao passo que os insetívoros foram os mais abundantes. As espécies de Turdus foram as que apresentaram sazonalidade mais marcante. A diversidade no continente (região da Juréia) foi bem maior do que na ilha. Troglodytes musculus não é predado por Bothrops insularis, o que indica a capacidade da espécie ou da população...