Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Possebon, Lucas [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/148959
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Resumo: |
O processo inflamatório causado pelo tabagismo está relacionado a diferentes tipos de doenças como enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e aterosclerose. Neste cenário, a proteína anti-inflamatória AnxA1 pode representar uma alternativa terapêutica. Por essas razões, o objetivo da pesquisa foi avaliar os efeitos do peptídeo mimético Ac2-26 da proteína AnxA1, em modelo de tabagismo. Ratas Wistar foram divididas em 3 grupos (n=10/grupo): expostos ao fumo não tratados (F) e tratados com o peptídeo (F+Ac2-26) e controles (C). Os grupos de animais expostos ao fumo foram colocados em um equipamento específico da Unidade Didática e de Pesquisa Experimental (UDPE) das Faculdades Integradas Padre Albino (FIPA), e expostos à queima de 10 cigarros comerciais, um após o outro, 2x/dia, por 5 semanas. O grupo C foi mantido no mesmo regime, porém na ausência da fumaça do cigarro e tratamento. Para avaliar a eficácia do Ac2-26, animais F+Ac2-26 foram administrados intraperitonealmente com o peptídeo (1mg/kg), 1x/dia, antes da primeira exposição ao cigarro. As ratas foram pesadas e tiveram a pressão arterial aferida no início e final do experimento. No período final, a ventilação pulmonar foi verificada por meio da pletismografia e também foram realizadas imagens de raios-X. Os animais foram eutanasiados e coletados o lavado bronco alveolar (LBA) para quantificações de células inflamatórias e citocinas, o sangue para dosagens bioquímicas de citocinas e hemoglobina e os órgãos, pulmão e traqueia, para os estudos histopatológicos e imuno-histoquímicos. As análises fisiológicas mostraram perda de peso, aumento da pressão arterial, reduções da frequência e ventilação pulmonares, bem como alterações macroscópicas das dimensões pulmonares por imagens de raio-X no grupo F. Enquanto, nos F+Ac2-26, esses valores foram semelhantes aos controles. As análises histopatológicas mostraram maiores espaços intra-alveolares e aumento do tecido linfoide no pulmão e perda dos cílios no epitélio da traqueia no grupo F comparado as F+Ac2-26 e C. Nas análises do LBA, foi observado aumento na quantidade de linfócitos e macrófagos em F, com redução significante dessas células promovida após o tratamento. Nas quantificações de células inflamatórias nos tecidos, os macrófagos e mastócitos foram observados aumentados no grupo F comparado aos C e F+Ac2-26. As análises imuno-histoquímicas do pulmão e da traqueia mostraram menor expressão de AnxA1, COX-2 e MMP-9 nos animais C e F+Ac2-26. As dosagens de citocinas e quimiocina indicaram aumento no sobrenadante do macerado do pulmão, plasma sanguíneo e LBA no grupo F e redução nos níveis desses mediadores em C e F+Ac2-26. Ainda, as dosagens bioquímicas do sangue mostraram que o tratamento com o peptídeo ocasionou aumento da concentração de hemoglobina e glicose e redução do colesterol total e transaminase glutâmico oxalacética (TGO) comparados aos animais não tratados. Nossos resultados evidenciaram a ação protetora do peptídeo mimético Ac2-26 no modelo de DPOC, atenuando o processo inflamatório causado pela exposição à fumaça do cigarro e abre novas perspectivas para o tratamento das doenças relacionadas ao tabagismo. |