Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Valdete Aparecida Ribeiro da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193500
|
Resumo: |
Introdução: O estado clínico das pacientes com doença trofoblástica gestacional (DTG) na admissão em centros especializados é consideravelmente influenciado por fatores sociais, econômicos e barreiras aos cuidados de saúde. Isto leva a apresentações em estágios avançados da doença. No Brasil, a estratégia da regionalização das ações de saúde (regiões de saúde político-administrativas) foi instituída a fim de facilitar o acesso aos serviços de saúde. Objetivos: Avaliar a proveniência e as condições clínicas de admissão das pacientes com DTG, encaminhadas para o Centro de Doenças Trofoblásticas de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (CDTB/Unesp) e relacioná-las com a Região de Saúde de origem da paciente. Métodos: Estudo observacional transversal que incluiu pacientes com DTG encaminhadas de regiões de saúde que pertencem ao Estado de São Paulo e avaliadas no CDTB/Unesp, no período entre 1990 e 2018. As condições clínicas das pacientes com MH foram avaliadas pelo sistema de escore de risco da gravidez molar segundo Berkowitz et al. (1987) enquanto àquelas com NTG foram avaliadas por meio do sistema de classificação de estadiamento e escore prognóstico FIGO (2002). Foram coletados dados referentes à idade, raça, paridade, nível de escolaridade, estado civil, emprego, conhecimento prévio sobre a DTG. A análise estatística da pontuação de risco e do estado clínico na admissão de pacientes com MH e NTG em função da Região de Saúde de origem foi efetuada a partir do ajuste de modelos de regressão. Resultados: De 470 pacientes com DTG, 366 pacientes foram elegíveis para participar do estudo. As três regiões com maior proporção de encaminhamentos foram VI-Bauru (n=269; 73,5%), XVI-Sorocaba (n=70; 19,1%) e IX-Marília (n=15; 4,1%). Das 335 pacientes diagnosticadas com MH, 197 (58,8%) apresentaram escore de alto risco (≥ 4). Notavelmente, pacientes encaminhadas das regiões IX-Marília e XVI-Sorocaba apresentaram pontuação aumentada em 2,38 e 0,78 pontos respectivamente, quando comparadas àquelas da região VI-Bauru. Pacientes com conhecimento prévio sobre DTG, tiveram pontuação de risco da MH menor em 1,68 pontos (IC 95%: -4,82 – 1,34, p = 0,269). Do total de 31 pacientes com NTG, 22,6% tiveram pontuação de alto risco (≥ 7). Pacientes com NTG da região XVI-Sorocaba tiveram escore de risco FIGO (2002) aumentado em 3,42 pontos, quando comparadas àquelas da região VI-Bauru [β = 3,42, IC 95% (0,96 – 5,89), p = 0,006]. Conclusões: Mais de 25% das pacientes com DTG direcionadas ao CDTB/Unesp são de outras regiões que não a região de saúde VI-Bauru, o que pode indicar a desregulação do sistema de referência para doenças raras. Houve predominância de gravidez molar avançada com escore de risco ≥ 4, particularmente da região de saúde IX-Marília. Chama a atenção a elevada proporção de NTG metastática de alto risco, particularmente na região XVI-Sorocaba. |