Estudo do tempo de retorno sobre o investimento realizado na montagem de complexos anestésico-cirúrgicos ambulatoriais no sistema de saúde público brasileiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Soares, Claudia Garcia Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235516
Resumo: Estudo do tempo de retorno sobre o investimento realizado na montagem de complexos anestésico-cirúrgicos ambulatoriais no sistema de saúde público brasileiro. 2022. Dissertação (Mestrado em Anestesiologia) – Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2022. Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) é de acesso integral, universal e gratuito com financiamento governamental. No entanto, a medicina passa por revoluções tecnológicas e os valores repassados pelo SUS podem inviabilizar esse modelo de negócios. Objetivo: Calcular o tempo de retorno do investimento (ROI) para composição de uma sala cirúrgica ambulatorial e recuperação pós-anestésica (RPA), tomando como referência a tabela de remuneração utilizada pelo SUS. Métodos: Foi realizada uma pesquisa exploratória que considerou um complexo cirúrgico ambulatorial composto por uma sala cirúrgica (tipos II e III) e uma RPA, em regime de funcionamento tipo hospital-dia (4 procedimentos/dia, 25 dias úteis por mês) para realização dos procedimentos cirúrgicos ambulatoriais das especialidades mais frequentemente realizadas pelo SUS entre 2018-2019 (BRASIL, 2021). A valoração do procedimento foi calculada com base no valor da tabela SUS (BRASIL, 2022). Resultados: Estimou-se o valor de R$1.054.715,07 para a montagem do complexo. Considerando o valor total da tabela SUS, encontrou-se faturamento mensal de R$33.940,26, o que resulta no ROI de 3 anos. Quando descontado o valor do serviço profissional, esse valor foi de R$20.066,63, o que resulta no ROI em 4 anos. Quando excluídos serviços profissionais e itens de consumo, o faturamento bruto caiu para R$ 4.294,30, estimando um ROI de 20 anos. No entanto, se considerada a taxa de inflação do período (410 %), o ROI foi estimado em 104 anos. Se considerada a variação cambial (241% em 20 anos), o ROI estimado foi de 70 anos. Conclusão: O modelo atual de financiamento do SUS não viabiliza um modelo de negócios autossustentável.