Ações de controle de infecção das clínicas cirúrgicas ambulatoriais, Campo Grande - MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Smaka, Joselaine Genaro Nakamura
Orientador(a): Ferreira, Adriano Menis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2319
Resumo: As infecções associadas aos cuidados de saúde são as adquiridas durante o processo de intervenção e/ou procedimentos diagnósticos em cenários hospitalares ou ambulatoriais. Partindo-se da complexidade das atividades que são desenvolvidas em clínicas cirúrgicas ambulatoriais, do aumento considerável de procedimentos nestes locais, da escassez de informações relacionadas ao controle de infecção dos estabelecimentos com estas características, já que a prática de controle de infecção é geralmente voltada à área hospitalar, o presente estudo teve como objetivo principal caracterizar as condições de controle de infecção das clínicas cirúrgicas ambulatoriais. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo, observacional, seccional, com abordagem quantitativa, em que foram analisados processos de licenciamento sanitário e identificadas clínicas com centro cirúrgico que realizavam procedimentos com anestesia loco regional e anestesia geral de eliminação rápida. A coleta de dados in loco foi realizada, no período de abril a junho de 2014, em oito, das 18, clínicas convidadas. Posteriormente aplicou-se roteiro estruturado com questões sobre estrutura arquitetônica, equipamentos, materiais, presença de documentos comprobatórios, somado ao consentimento de informações, referente ao processamento de artigos, à estruturação, aos registros e processos do controle de infecção do sítio cirúrgico. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob protocolo nº 497.702/2013. As clínicas de cirurgias plásticas foram predominantes no estudo (75%), classificadas como Unidades Tipo III (62,5%), 75% das clínicas faziam implantes, porém sem registro sistemático de busca ativa (no caso de implante, vigilância até um ano pós-procedimento). Os procedimentos predominantes foram a mamoplastia de aumento (28,9%), seguida da lipoaspiração (17,1%), maior frequência no sexo feminino (93%) e anestesia peridural (47,%), quanto ao processamento de artigos, 87,5% das clínicas possuíam produtos para saúde de conformação complexa e destas, 57% realizavam apenas a lavagem manual destes artigos. Das seis clínicas que não terceirizavam a esterilização, 33,2% destas, não comprovaram a realização do controle biológico. Em síntese, constatou-se condições insuficientes no controle de infecção destas clínicas, sendo necessária a implantação e implementação de uma sistematização das ações de prevenção e controle de infecção, tanto voltados ao sítio cirúrgico quanto ao processamento de artigos, principalmente levando-se em consideração o perfil das cirurgias realizadas e a estruturação mínima dos complexos cirúrgicos investigados, fatos que podem gerar danos irreparáveis a segurança dos pacientes.