Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lima, Isabelle Maina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191948
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Resumo: |
Introdução: As doenças cardiovasculares fazem parte do grupo composto pelas doenças crônicas não transmissíveis e, portanto, devem ser abordadas pelos programas de promoção da saúde. Uma das formas de tratamento dessas doenças são os programas de reabilitação cardiovascular, que, além da prática regular de exercício físico, priorizam a prevenção secundária. Apesar da prática regular de exercício físico ter ganhado força como primeira linha para o tratamento, o avanço da tecnologia e o estilo de vida da sociedade atual vêm promovendo o aumento do denominado comportamento sedentário (CS). A mensuração deste pode ser realizada com diferentes instrumentos que irão avaliar esses indivíduos a partir de informações obtidas por auto relato, por medidas de capacidade funcional ou ainda marcadores fisiológicos. Objetivo: Verificar a presença do CS em indivíduos participantes de um programa de reabilitação cardiovascular, além de avaliar a associação entre CS e variabilidade da frequência cardíaca, frequência cardíaca de repouso, pressão arterial e saturação periférica de oxigênio, e verificar se medidas de CS obtidas por meio de questionários estão associadas a mensurações diretas desse comportamento obtidas a partir do uso do acelerômetro. Materiais e Métodos: Foram recrutados participantes de um programa de reabilitação cardiovascular, dos quais foram analisados os prontuários para caracterização da amostra. A coleta foi realizada em duas partes. Primeiramente foram coletados dados antropométricos e em seguida realizada a coleta da VFC em repouso. Posteriormente os pacientes tiveram que utilizar no período de uma semana o acelerômetro, posicionado na cintura, do lado dominante. Após a retirada do aparelho os mesmos responderam aos seguintes questionários funcionais: IPAQ versão curta, LASA – SBQ modificado para idosos e BAECKE. Análise estatística: Estatística descritiva foi utilizada para caracterização da amostra e a normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk. As correlações entre as classificações ou valores obtidos no questionário ou acelerometria e os valores dos índices de VFC foram analisadas por meio da análise de Regressão Linear no modelo não ajustado e ajustado, considerando o tempo de reabilitação do paciente e o uso de betabloqueadores. A comparação entre os valores obtidos dos questionários vs. obtidos pelo acelerômetro foi realizada por meio do teste de Wilcoxon. Correlação de Spearman foi utilizada para a identificação da associação. A concordância relativa foi identificada pelo coeficiente de correlação intraclasse e a concordância absoluta pelo histograma de Bland-Altman. Resultados: Existem associações positivas entre TSBK e TSBT em número absoluto com PAD e negativas entre sedentary e TSBT (número absoluto). Considerando tempo de reabilitação e uso de betabloqueadores observa-se também associação negativa entre o LASA-SBQ e SpO2. Em relação ao sistema cardiovascular, observaram-se associações positivas entre PAD vs. TSBK e TSBT (números absolutos). Em relação à modulação autonômica, associações negativas entre sedentary e TSBT (número absoluto) com índices que representam a modulação parassimpática foram observadas mesmo após a realização dos ajustes. Quando comparado ao acelerômetro os questionários LASA – SBQ e BAECKE apresentaram uma significância negativa, assim como para o questionário IPAQ para as categorias: atividade leve, moderada, moderada + vigorosa e sedentarismo. Em relação ao questionário BAECKE vs. acelerômetro houve uma correlação significativa. Em relação ao comportamento sedentário, tanto para o questionário IPAQ quanto para o questionário LASA – SBQ vs. acelerômetro foi encontrado bom nível de concordância absoluta. Conclusão: Os resultados obtidos demonstraram associações positivas entre comportamento sedentário vs. PAD e negativas entre o primeiro e índices de VFC que expressam a modulação parassimpática. Associação negativa entre os resultados do questionário LASA-SBQ e SpO2 também foram observados. Os questionários funcionais previamente citados apresentaram ainda bom nível de concordância absoluta e correlação quando comparados ao acelerômetro. |