Adaptação transcultural e validação da escala childbirth fear prior to pregnancy (CFPP) para utilização no brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Tomazin, kelly Jaqueline da Costa Galinari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181891
Resumo: Introdução: O enfermeiro tem reconhecimento mundial na mudança do modelo de assistência ao parto, resgatando o nascimento como um processo natural, no qual os sentimentos e preocupações da parturiente devem ser respeitados. Nesta perspectiva surge a preocupação com a formação acadêmica dos futuros enfermeiros. Entende-se que a forma como o profissional percebe o processo de nascimento pode influenciar a assistência. O medo e a interpretação desse período como sofrimento e dor podem estimular intervenções desnecessárias no intuito de abreviar vivências consideradas negativas. Considerando a inexistência de instrumento voltado para a população brasileira, capaz de avaliar o medo do parto antes da gestação, o objetivo do presente estudo foi realizar a adaptação transcultural e analisar as evidências de validade e confiabilidade da versão brasileira da Escala Childbirth Fear Prior to Pregnancy (CFPP). Método: Trata-se de estudo do tipo metodológico, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu, parecer nº 2.428.902, com amostra de conveniência composta por 146 alunos de graduação de enfermagem. A adaptação transcultural da Versão Brasileira da escala seguiu as etapas amplamente utilizadas na literatura: Avaliação por comitê de especialistas e Pré-teste com avaliação da população alvo. Participaram do estudo 146 graduandos de enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu – FMB e do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO. Os dados foram coletados de fevereiro a agosto de 2018, fora das atividades letivas. A validade de face e conteúdo foi avaliada pelo comitê de juízes e a população alvo. A análise fatorial exploratória foi realizada para validade de constructo. A validade de critério concorrente divergente foi testada pela associação da medida dos escores obtidos da Versão Brasileira da CFPP com as subescalas de Depressão, Ansiedade e Stress, da EDAE - A. Para o cálculo da consistência interna foi realizado o alfa de Cronbach e a estabilidade testada através do teste-reteste. O nível de significância adotado foi de 0,05. Resultados: Há uma predominância de participantes do sexo feminino; com idade média de 21,2 anos; sem parceiro; de cor branca e com renda familiar média de R$ 3.550,43. A maioria não exercia atividade remunerada. Quanto ao ano cursado, 23,9% estava no primeiro ano; 24,6% no segundo ano; 21,2% no terceiro ano; 20,5% no quarto ano e 10,2% no quinto ano. A maioria não havia cursado a disciplina de Saúde da Mulher e não tinha assistido a um parto. A análise fatorial apresenta uma solução fatorial que confirma a unidimensionalidade do instrumento. As pontuações da Versão Brasileira da CFPP foram significativamente, mas fracamente correlacionadas com os escores da subescala EDAE-A (r=0,32, p<0,001), confirmando a validade de critério. Quanto à confiabilidade, foi obtido um valor adequado para consistência interna (Alfa de Cronbach 0,86). A estabilidade do instrumento foi considerada adequada, uma vez que os valores do Coeficiente de Correlação Intraclasse foi de 0,99 e estatisticamente significativo (p=0,000), os resultados obtidos demonstram assim, uma boa estabilidade temporal do instrumento. Conclusão: de acordo com a análise das propriedades psicométricas, a Versão Brasileira da CFPP é uma escala unidimensional de 10 itens, que apresenta boas evidências de validade e confiabilidade para medir o medo do parto em jovens adultos antes da gestação.