A cumplicidade entre a oralidade e a visualidade: lendo o mundo através dos mapas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Aguiar, Lígia Maria Brochado de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/104444
Resumo: Este trabalho é continuidade do Projeto Atlas Escolares de Rio Claro, Limeira e Ipeúna - Fase I, encerrada em 1998. Durante a Fase II, interessou-me estudar a cumplicidade entre a oralidade e a visualidade, a partir dos mapas temáticos sobre meio ambiente do Atlas de Rio Claro. Recorri à teoria dos agenciamentos de Deleuze, aos pressupostos de Bahktin, sobretudo, ao conceito de polissemia, de discurso interior e a Vygotsky para quem a palavra tem um papel fundamental na conquista da simbolização. Através de um percurso em zigue-zague nos encontramos com Heidegger e uma experiência bastante radical sobre a linguagem que nos conduziram aos temas da representação, da formação da subjetividade. Merleau-Ponty nos ajudou a recuperar o eu posso do olhar para compreender como a imagem transforma a visão em apreensão do mundo. Busco problematizar as relações entre os espaços de representação e a representação do espaço; entendo que as estratégias orais são indispensáveis para não encerrar a linguagem cartográfica em si mesma e que, quando em cumplicidade tornam o mapa um engenho nosso, social. Jorge Larrosa foi nosso guia; com ele aprendemos que caminhar é levar os olhos para passear. Olhar, ler ou escutar significa sentir o silêncio do caminho e, também, o nosso próprio silêncio; neste caminhar, a relação que estabelecemos com o que aprendemos, nos leva de volta a nós mesmos e também de novo, ao mundo para uma leitura diferente, não familiar.