Discurso empresarial: o house-organ como instrumento ideológico nas organizações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Gatarossa, Angela Antonia Lopes Biudes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103567
Resumo: O objetivo principal desta tese é o de mostrar como o discurso utilizado nos house-organs das empresas brasileiras é permeado por diversas estratégias discursivas que, promovidas pelo enunciador na direção de seus empregados, buscam atingir objetivos organizacionais. A base teórica utilizada ancora-se nas reflexões do Círculo de Bakhtin sobre signo, relações dialógicas, polifonia, gênero e cronótopo, além de considerar a contribuição de autores das áreas de administração, marketing e comunicação social. O corpus desta pesquisa constitui-se das 104 edições do house-organ “Garrafinha”, de uma franquia da Coca-Cola, no período de 1996 a 2005. O primeiro capítulo apresenta o gênero house-organ como uma ferramenta capaz de proporcionar a proximidade da empresa com os seus empregados, na tentativa de torná-los aliados na busca pelos seus interesses. Mostra, também, o vínculo do house-organ com o marketing por ser uma ferramenta de relações públicas direcionada ao público interno da empresa. Aborda, ainda, a sua importância estratégica, suas características, seu conteúdo e sua linguagem. Com base nas reflexões apresentadas, o segundo capítulo identifica e analisa as características do gênero house-organ, tal como são exploradas no Garrafinha. O terceiro capítulo analisa os discursos presentes no corpus à luz dos conceitos do Círculo de Bakhtin, enfocando os signos, as relações dialógicas e a polifonia. As análises destacam o uso discursivo que a empresa faz, principalmente, dos signos garrafinha, craque, jogo, time, casa, família e guerra, bem como das vozes da mídia, de especialistas, do mercado, entre outras, para a persuasão dos empregados. Com o conceito de exotopia são mostradas as estratégias discursivas por meio das quais a empresa se expõe e também revela seus empregados. A análise também identifica, nos discursos, seus valores...